Do grupo dos seis aparelhos testados pelo UOL Tecnologia, não há como negar: o maior gadget-fetiche é certamente o iPhone 4. Não sem alguma razão. Com uma velocidade incrível e uma interface muito bem acabada, tudo isso em uma tela de altíssima resolução, a primeira impressão é de o celular ser um dos melhores.
Mas não é somente aparência, o iPhone 4 é realmente um ótimo aparelho. O mais impressionante é sua tela, de 960 × 640 pixels em apenas 3,5 polegadas. Apelidado de tela Retina, tem esse nome porque, de acordo com a Apple, a resolução de 326 ppi é mais densa do que o olho humano pode discernir. Em outras palavras, você não verá quadradinhos dos pixels – o que fica incrível em e-books. A resposta ao toque é também muito rápida e o teclado é melhor que o padrão Android.
Ajuda a deixar a experiência toda mais satisfatória o processamento de 1 GHz, ideal inclusive para games. Mais rápida está também a câmera, agora com 5 megapixels e um flash (não confunda com a tecnologia Flash, para conteúdo multimídia, que a Apple se recusa a instalar em seus produtos). A câmera vem com foco automático e manual. Também faz vídeos, mas não é o melhor do aparelho.
Leve e com bom acabamento, o design é um destaque. Os botões respondem melhor que o 3GS e o material dá um ar caro ao aparelho. Talvez as bordas angulosas possam incomodar as mãos menores. Sua fina espessura e a leveza contam pontos.
Logo depois do lançamento do aparelho, houve toda uma comoção com o novo posicionamento da antena, no corpo do aparelho. A localização causaria perda de sinal, prejudicando a qualidade das ligações, e o caso foi chamado de Antennagate. A Apple então passou a oferecer capas gratuitas no exterior (o que depois foi cancelado), e as reclamações então perderam força. O posicionamento da antena, de fato, não diminui a qualidade do sinal nas ligações.
Em um quesito o iPhone ganha de todos os concorrentes justamente por ser primo do iPod: o de tocador digital. Seja pelo Cover Flow (pode escolher discos pela capa apenas passando os dedos) ou pelo fone com um micro controle remoto, não há melhor entre os testados. Com isso vem aquilo que é vantagem para uns e motivo de ódio para outros: só se pode sincronizar músicas a partir do iTunes, o software de gerenciamento de arquivos de mídia da Apple. Também não dá para usar o telefone como depósito de arquivos e abri-los normalmente no iPhone. É preciso programas específicos, já que não há como visualizar o conteúdo de dentro da memória de 16 GB ou 32 GB.
