A operadora TIM está sendo acompanhada de perto pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) na região Norte e Nordeste do país – localidade em que a empresa detém a liderança de participação de mercado. O motivo do arroxo na fiscalização da operadora, que é líder em vários Estados da região, foi problemas com a venda de serviços incompatíveis com a demanda suportada pela empresa. Em outras palavras, a empresa vendia mais do que podia oferecer.
Em nota enviada à reportagem do UOL Tecnologia nesta terça-feira (5), a Anatel afirmou que monitora todas as operadoras de forma igual. Porém, após uma audiência, realizada em fevereiro, com representantes da Justiça Federal do Rio Grande do Norte, o órgão tem concentrado esforços. “No caso da TIM, estamos acompanhando mais de perto, com reuniões mensais, em função de problemas que vêm ocorrendo.”
Em fevereiro deste ano, a operadora TIM foi proibida, pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte, de comercializar novas assinaturas, habilitar novas linhas ou fazer portabilidade de acesso de outras operadoras.
Baseada em dados da Anatel, o juiz Magnus Delgado, do Rio Grande do Norte, informou que a empresa teve um crescimento considerável na venda de “Planos Infinity”, em que os usuários pagam apenas pelo primeiro minuto da ligação. Em função do grande uso e da infraestrutura incompatível, vários usuários ficavam com o sinal bloqueado ou enfrentavam quedas de chamadas. Os usuários mais afetados foram os moradores da Zona Norte de Natal e moradores do interior.
Após 45 dias de veto, a Justiça voltou a autorizar a TIM a reativar os pontos de venda sob a condição de, a cada três meses, enviar relatórios sobre a evolução do plano de expansão da operadora na região.
Em São Paulo, a Telefônica já passou por situação parecida com a proibição de venda do Speedy, serviço de banda larga.
Melhoria da rede
A TIM, por meio de sua assessoria de imprensa, afirmou que a operadora apresentou um plano de ampliação de rede no Rio Grande do Norte em fevereiro – exigido com base na decisão da Justiça. Segundo a empresa, o Estado receberá investimento de R$ 30 milhões, suficiente para suprir uma demanda de tráfego 25% superior à prevista para a região.
A operadora de telefonia, de acordo com dados de fevereiro da Anatel, detém 29,87% do mercado móvel na região Nordeste. Ao todo, no Brasil, a participação de mercado da TIM é 25,16% -- na frente dela, há a Vivo (29,55%) e a Claro (25,47%), respectivamente.
