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29/04/2011 - 10h37 / Atualizada 29/04/2011 - 11h54

Sony enfrentará ações judiciais no mundo após roubo de dados da rede PlayStation

Da Redação
  • Reprodução

    Rede do PlayStation está fora do ar desde 21 de abril; reativação deve ocorrer no dia 4 de maio

A Sony Corp deve enfrentar diversas ações judiciais ao redor do mundo depois de atrasar a divulgação de uma violação da segurança na rede do PlayStation. A primeira delas foi aberta por um usuário do Alabama, nos Estados Unidos, na quarta (27), e em pelo menos outros quatro Estados do país procuradores-gerais que atuam na área de defesa dos consumidores investigam o assunto. A falha permitiu que cibercriminosos roubassem dados dos usuários e fez com que as ações da empresa caíssem 5% na Bolsa de Tóquio na última quinta (28). As informações são da agência "Reuters".

Depois de descobrir a brecha de segurança, a Sony fechou a rede do PlayStation no dia 19 de abril. Entre os dados roubados dos jogadores, estão nomes, endereços e possivelmente números de seus cartões de crédito. Cerca de 77 milhões de usuários podem ter suas informações vazadas, já que esses dados começam a ser oferecidos pelos cibercriminosos no “mercado negro”.

“Gamers estão furiosos com o CEO da Sony, que ainda não foi a público esclarecer a situação e investidores estão desapontados com a governança corporativa da empresa”, afirma Michael Wang, diretor de fundos para o exterior da Prudential Financials, que possui ações da Sony.

A empresa alega que a demora em notificar publicamente os usuários da invasão da rede do PlayStation foi necessária para que uma investigação forense pudesse ser conduzida.

A rede da PlayStation, serviço que produz aproximadamente US$ 500 milhões em receita anualmente, provê acesso online para jogadores a games, filmes e programas de TV.

“Estou indignado que minhas informações pessoais podem ter parado nas mãos de hackers”, disse Rich Chiang, um usuário de PlayStation de Xangai.

Entenda o caso

Cibercriminosos atacaram a rede online de jogadores de PlayStation, que ficou fora do ar no último dia 21 de abril. A loja online permite a usuários comprar e ter acesso a jogos em seus videogames PlayStation. A empresa disse que as informações sobre contas de usuários da PlayStation Network e de seu serviço Qriocity ficaram comprometidas entre 17 e 19 de abril.

A Sony admitiu o ataque apenas nesta terça (26), informando que pessoas tiveram acesso a endereços, e-mails, datas de nascimento, nomes de usuários, senhas, logins, perguntas de segurança e outros itens. Crianças com contas criadas por seus pais também tiveram dados expostos, afirmou a empresa.

Embora a empresa tenha afirmado que não há evidências de que números de cartões de crédito tenham sido roubados, cibercriminosos já publicaram ofertas no “mercado negro” online de pacotes com esses dados, segundo informa o site de tecnologia “CNET” nesta sexta (29). Entretanto, o site afirma que não há como comprovar a autenticidade desses dados. Ainda segundo a Sony, esses dados de cartões estariam "encriptados", ou seja, codificados para que não possam ser utilizados.

De acordo com a revista "Forbes", dados do instituto de pesquisa The Ponemon estimam que os prejuízos causados pela "invasão externa" são superiores a US$ 24 bilhões.

A rede, que foi desativada pela própria empresa para que a brecha de segurança fosse corrigida, tem previsão para ser reativada no dia 4 de maio -- mas o prazo pode ser postergado.

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