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21/12/2011 - 18h11 / Atualizada 06/01/2012 - 17h30

Pessoas mentem mais via mensagem de texto que em conversa cara a cara, diz estudo

Da Redação
  • Segundo estudo, quanto mais anônima a forma de comunicação, maior a propensão a mentir

    Segundo estudo, quanto mais anônima a forma de comunicação, maior a propensão a mentir

Um levantamento americano mostra que pessoas que se comunicam via mensagem de texto são mais propensas a mentir que em formas de conversa menos anônima, como um bate-papo por vídeo ou uma conversa telefônica. O estudo, feito por pesquisadores da Universidade de British Columbia, foi publicado parcialmente nesta quarta-feira (21). As informações são do jornal americano “LA Times”.

A ideia do estudo era comparar a diferença de comportamento das pessoas com mídias diferentes: da mensagem de texto às interações face a face por vídeo.

“As pessoas estão se comunicando de utilizando vários métodos diferentes como o Twitter e Skype. Como as novas plataformas de comunicação são online, é importante saber dos riscos envolvidos neste tipo de troca de informações”, disse o professor Ronald Cenfetelli, que é coautor do estudo.

O resultado da pesquisa indica que quanto mais anônima for a forma de comunicação, a pessoa está mais propensa a apresentar um comportamento moralmente frouxo.

O experimento

O estudo entrevistou 170 estudantes que fizeram simulações de conversa em quatro formas: face a face, por vídeo, por áudio ou por texto. Eles foram submetidos a uma espécie de gincana: havia um corretor de bolsa e os compradores. Os corretores foram instruídos a vender o máximo de ações possíveis aos compradores e que elas perderiam 50% de seu valor após uma semana.

O teste mostrou que 95% dos corretores ao venderem as “ações” via mensagem de texto foram os mais propensos a mentir. Já nos outros meios eletrônicos, a porcentagem foi bem menor: 18% dos corretores mentiram durante uma conversa de áudio e 33% se mostraram mais propensos a mentir em uma negociação face a face em vídeo.

O resultado dos testes sugere que os corretores, na comunicação em vídeo e em áudio, se sentiram mais acuados em utilizar técnicas de vendas pouco honestas. Além disso, esses tipos de mídia, supostamente, fizeram com que os corretores passassem a ter medo de serem analisados pelos compradores.

“Considerando os resultados, as pessoas que costumam comprar online deveriam ter conversas via Skype com os vendedores online. Desta forma, elas podem ter mais certeza de estarem recebendo informações mais confiáveis”, sugeriu Centefelli.

O estudo completo será publicado em março de 2012 na publicação acadêmica “Journal of Business Ethics.”.

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