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29/12/2011 - 14h35 / Atualizada 06/01/2012 - 17h26

Com maior acervo da empresa, universidade mantém 'museu da Apple' a portas fechadas

Da Redação
  • Funcionário confere itens da Apple arquivados pela Universidade de Stanford em San Francisco

    Funcionário confere itens da Apple arquivados pela Universidade de Stanford em San Francisco

Um vasto material coletado pela Apple para a criação de um museu com a história da empresa foi doado em 1997, logo após a volta de Steve Jobs à companhia, para a Universidade de Stanford. A coleção foi visitada pela agência de notícias AP e não está aberta ao público: fica em um espaço de cerca de 180 metros cheio de prateleiras fora do campus, em San Francisco – para fazer a visita, a agência concordou em não revelar a localização exata do material.

“A coleção, o maior acervo histórico da Apple, pode ajudar historiadores, empresários e legisladores a entender como uma empresa criada em uma garagem do Vale do Silício virou uma gigante global da tecnologia”, afirma a Associated Press. Quando a Apple fez a doação do material que hoje fica em ambiente climatizado, a universidade retirou da empresa dois caminhões com documentos, livros, software, fitas de vídeo e material de marketing que hoje compõem essa coleção.

Depois disso, Stanford ainda recebeu mais doações da Apple, de ex-funcionários da empresa, de parceiros e de fãs que quiseram adicionar seus próprios itens à coleção. A empresa desistiu de criar seu próprio museu corporativo quando Steve Jobs retornou e passou a fazer reorganizar a corporação, que enfrentava dificuldades financeiras.

Material
Há uma entrevista em vídeo, por exemplo, em que o cofundador Steve Wozniak conta como surgiu o nome da empresa. “Eu me lembro dirigindo pela Highway 85, quando Steve [Jobs] disse ter um nome: Apple Computer. Continuamos pensando em outras alternativas, mas não conseguíamos pensar em nada melhor.” Jobs então acrescenta: “Também havia trabalhado na Atari, e o nome nos colocaria na frente deles na lista telefônica”. O material foi gravado para um vídeo interno em meados dos anos 80.

  • Jeff Chiu/AP

    Curador Henry Lowood, de Stanford, olha uma antiga foto Steve Jobs, que faz parte do acervo

Também há, entre o material, milhares de fotos tiradas por Douglas Menuez, que documentou os anos de Steve Jobs na Next Computer, empresa que o executivo criou após ser expulso da Apple, em 1985. Um vídeo de 1984 imitando o sucesso “Caça Fantasmas” (Ghost Busters) em que Jobs e outros executivos são os “Blue Busters”, em referência à então rival IBM. No acerto está o registro financeiro escrito à mão das vendas do Apple II, um dos primeiros computadores vendidos em massa.

Entre outras preciosidades, relata a AP, aparece um empréstimo de abril de 1976 de US$ 5.000 para a Apple Computer e seus três cofundadores: Jobs, Wozniak e Ronald Wayne, que saiu da companhia menos de duas semanas após ela ser fundada. Também de 1976 é a carta do funcionário de uma gráfica para seus colegas que dizia, entre outras coisas: “Esse palhaço [Jobs] vai ligar para vocês”.  

Segundo a AP, o material inclui ainda fotos antigas de Jobs e Wozniak, o projeto do primeiro computador da Apple, manuais de usuários, anúncios de revistas, comerciais de TV, camisetas da empresa e rascunhos dos discursos de Jobs.

Em um vídeo, a dupla de cofundadores fala sobre o primeiro produto da empresa, o Apple I, lançado em julho de 1976 por US$ 666,66. “Ele não era particularmente útil para muitas coisas, mas era incrível ter seu próprio computador”, disse Jobs.

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