Um estudo feito pelo ConsumerLab, laboratório de pesquisas de comportamento da Ericsson, lançou luz sobre como o Facebook mudou a forma como os adolescentes começam um namoro. Mais de 2.000 jovens americanos entre 13 e 17 anos foram entrevistados e as informações fornecidas por eles permitiram aos pesquisadores descobrir o passo a passo de como a paquera virtual se torna um relacionamento real.
1. Adolescente se interessa pela pessoa e tenta conseguir seu nome |
2. Procura a pessoa no Facebook |
3. Envia um pedido de amizade |
4. Confere o perfil dela |
5. Pedido de amizade é aceito |
6. Começa a “curtir” suas publicações ou a “cutuca” |
7. Conversa no bate-papo do Facebook |
8. Conversa via mensagens abertas no perfil |
9. Consegue o número de telefone |
10. Trocam mensagens SMS |
11. Planejam marcar um encontro |
12. Encontram-se, mas não sozinhos |
13. Encontram-se sozinhos |
14. Pessoa envia pedido de relacionamento no Facebook |
15. Atualizam status para "em um relacionamento sério" |
16. O namoro começa de verdade |
Segundo o estudo, a maioria dos jovens usa a rede social como ferramenta para conhecer ou se aproximar de outros com o intuito de ter um relacionamento sério. “No geral, eles entram para coletar informações sobre a pessoa por quem estão interessados, não para a simples ‘pegação’”, diz Luciana Gontijo, responsável pela área de pesquisas de comportamento da Ericsson na América Latina.
Paquera com precaução
Passada a fase de levantar dados iniciais sobre a pessoa, passa-se a trocar mensagens de celular até que aconteça um encontro na vida real. De acordo com a pesquisa, os jovens evitam conversas por vídeo nessa etapa por preferirem não se expor para quem ainda não conhecem bem. Esse tipo de “chat” é visto por eles como mais apropriado para os adultos. “Eles têm bastante informação e estão cada vez mais conscientes de que precisam tomar cuidado com sua segurança enquanto usam a internet. Faz parte do processo da sociedade que vive conectada dia e noite”, explica Luciana.
Ela diz que os jovens têm consciência de que, além de servir para conhecer pessoas, a internet também pode ser uma ferramenta para enganar outros. Assim, o Facebook é frequentemente usado para se verificar a veracidade das informações passadas pela outra pessoa e com quem ela se relaciona.
Só depois que já se sente alguma segurança é que o garoto ou garota (segundo Luciana, a obrigatoriedade de o homem tomar a iniciativa não existe mais) faz o convite para um encontro. Nos Estados Unidos, o programa escolhido é sempre acompanhado de outras pessoas e em um lugar público, como shoppings, festas ou cinema. Na América Latina, porém, isso não é regra e o encontro já pode começar com um programa a dois.
Quando a coisa fica séria
Outra constatação do estudo foi a de que, mesmo que tenha havido um pedido de namoro pessoalmente, as incertezas só acabam quando os envolvidos mudam o status do Facebook de “solteiro” para “em um relacionamento sério”. “Isso é visto como uma declaração pública e só aí o relacionamento se torna algo garantido”, explica Luciana.