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20/02/2012 - 11h47 / Atualizada 20/02/2012 - 11h47

Sete em cada dez jovens fazem download de conteúdo pirata, aponta pesquisa

Do UOL, em São Paulo

A discussão sobre a pirataria na internet de conteúdo protegido por direitos autorais deveria ter um público alvo bem definido: os jovens. Uma pesquisa da Universidade de Columbia nos Estados Unidos revelou que 70% dos entrevistados, com idade entre 18 e 29 anos, admitiram obter ilegalmente pela internet músicas, programas de TV e filmes. Apenas 46% dos adultos admitiram fazer o mesmo.

Segundo o “Huffington Post”, o combate à pirataria online tem tido foco em criar multas e até prender quem faz downloads ilegais; uma das propostas da lei antipirataria nos EUA pretende proibir sites de busca de linkar serviços de compartilhamento de arquivos. No entanto, a indústria fonográfica pouco tem feito para criar alternativas novas para o consumo de conteúdo que chamem a atenção desse público jovem.

Um outro estudo, da Universidade de Duke, revela que o alto custo dos conteúdos é o que leva os universitários a baixarem ilegalmente arquivos na internet. Quanto mais baixa a renda do estudante, incluindo o ganho de seus pais, maior é a tendência de que procurem alternativas ilegais na internet.

“Ninguém vai pagar por algo que pode conseguir de graça”, diz o professor de economia da Universidade de Washington, Glen MacDonald. A sugestão de MacDonald é que o conteúdo com direitos autorais seja distribuído gratuitamente ou que os artistas peçam para que as pessoas paguem o que achem justo por determinada música ou filme.

Para o professor, a música pode ter a mesma função que um anúncio publicitário; um filme que foi visto numa tela pequena ser a força motriz de uma linha de produtos ou o estopim do desejo de o consumidor de ver aquele conteúdo em 3D ou em uma sessão especial no cinema.

“É como em um bar. Eles dão para você o amendoim para que você compre a cerveja”, compara. 

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