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22/02/2012 - 11h34 / Atualizada 22/02/2012 - 11h35

Americano processa Google por violação de privacidade ao usar navegador da Apple

Do UOL, em São Paulo
  • Uma reportagem do ''Wall Street Journal'' afirmou que o Google e outras empresas de publicidade na internet rastrearam ilegalmente hábitos de navegação de usuários do Safari, da Apple

    Uma reportagem do ''Wall Street Journal'' afirmou que o Google e outras empresas de publicidade na internet rastrearam ilegalmente hábitos de navegação de usuários do Safari, da Apple

Um morador de Illinois abriu um processo contra o Google por invasão de privacidade, após a divulgação de que a empresa teria burlado configurações de segurança no Safari, navegador da Apple, para coletar hábitos de navegação dos usuários.

Segundo informações da “Bloomberg”, a ação foi apresentada por Matthew Soble em uma corte federal em Delaware. Seus advogados afirmam que o Google violou “intencionalmente” leis federais contra espionagem e relacionadas a computadores.

Na última sexta (17), uma reportagem do “Wall Street Journal” afirmou que o Google e outras empresas de publicidade na internet rastrearam ilegalmente hábitos de navegação de usuários do Safari, da Apple.

A partir de códigos capazes de burlar configurações de segurança do navegador, as companhias coletaram informações de pessoas que pensavam ter bloqueado essa possibilidade pelo browser.

O Safari é usado largamente por usuários de dispositivos móveis da Apple, como iPhone e iPad. O software possui uma função que bloqueia o envio de informações da navegação quando habilitada pelos usuários, mas o código usado pelo Google ainda assim “espionava” e rastreava o que era feito no Safari.

Empresa nega

Em comunicado à imprensa, o Google afirmou que o “The Wall Street Journal” interpretou errado o processo de gravação de cookies (arquivos com dados da navegação na internet) utilizado pela empresa no navegador Safari.

O Google afirmou que, pelo fato de o Safari bloquear cookies por padrão, a empresa passou a usar funcionalidades do navegador que permitem habilitar alguns recursos para usuários logados no Google – um dos recursos é o aparecimento do botão “+1”, da rede social Google +. De acordo com a empresa, o próprio Facebook utiliza recurso semelhante para habilitar o botão “Curtir”.

“Para habilitar esses serviços, nós criamos uma comunicação temporária entre o Safari e os servidores do Google para que nós pudéssemos encontrar os usuários de Safari que estavam logados ao Google e tivessem optado por esse tipo de personalização. Mas nós criamos esse link de modo que a informação que seguisse do navegador Safari até os servidores do Google fossem anônimas”, argumenta a companhia.

Em contrapartida, a funcionalidade acabou habilitando outros cookies de publicidade do Google no Safari. O Google não previu que isso aconteceria e, agora, informou que começou a remover esses pequenos arquivos que informam hábitos de navegação na internet de usuários do Safari.

Segundo o Google, usuários do Internet Explorer, do Firefox e do Chrome não foram afetados. Usuários que não usam o programa de publicidade dirigida do Google também não foram “prejudicados”.

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