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13/08/2010 - 15h32 / Atualizada 16/08/2010 - 19h13

RIM dará acesso a dados do BlackBerry para Índia

NOVA DÉLHI (Reuters) - A fabricante do BlackBerry vai fornecer no próximo mês à Índia soluções técnicas para ajudar o governo a ter acesso a dados codificados transmitidos pelo aparelho. Nova Délhi considera esses dados protegidos como risco à segurança nacional, disse uma fonte do governo indiano nesta sexta-feira.

A garantia aumentou expectativas de que a Índia poderá suspender a ameaça de proibir o uso do aplicativo messenger e email corporativo codificado no país.

A Índia deu à Research In Motion, fabricante do BlackBerry, prazo até 31 de agosto para cumprir determinação de garantir ao governo acesso aos emails corporativos codificados transmitidos pelo aparelho sob pena de proibição dos aplicativos.

A RIM está sendo pressionada por vários governos ao redor do mundo para entregar os códigos de acesso às transmissões do BlackBerry. Outras empresas também enfrentaram demandas governamentais diante de uma intensificação da vigilância e combate a grupos militantes que utilizam a ferramenta criada pela empresa.

"Eles garantiram que vão surgir com uma solução técnica para o messenger e email corporativo na próxima semana", afirmou a fonte governamental. "Nossa equipe técnica vai avaliar se funciona."

A fonte também afirmou que o governo tem preocupações sobre os serviços de telefonia pela Internet e que vai conversar com as companhias que os fornecem, como a Skype.

Mais cedo, nesta sexta-feira, representantes da RIM reuniram-se com autoridades indianas. Segundo o governo, a intenção de levar o assunto a outras empresas de tecnologia, incluindo o Google, é manter o mercado de telefonia móvel que mais cresce no mundo livre de militantes e espionagem.

Depois da reunião, Robert Crow, um vice-presidente da RIM, expressou otimismo sobre a solução das preocupações do governo indiano.

Autoridades afirmam que militantes baseados no Paquistão usaram telefones celulares e via satélite para organizar os ataques em Mumbai que mataram 166 pessoas em 2008. O governo também acredita que os militantes usaram serviços de telefonia pela Internet.

As autoridades indianas têm avaliado os serviços de comunicação fornecidos por Google Skype e outras empresas no país.

"Se houver preocupações sobre a segurança nacional, o governo vai querer ter acesso e todo o país tem o direito de intervir legalmente", afirmou à Reuters uma autoridade sênior da área de segurança que pediu para não ter seu nome revelado.

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