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11/04/2007 - 17h58

Feira em SP mostra início da era da robótica doméstica

Da Redação
Seja um cãozinho de estimação que brinca com ossos e gosta de carinho, uma blusa de tecido inteligente que transmite abraços virtuais a seus amigos por SMS ou Legos que viram robôs em competições temáticas, a feira Robótica, em São Paulo, mostra que os robôs querem invadir nossas casas tanto quanto os computadores pessoais. E o que mais impressiona —apesar dos adultos, tem muita criança realmente interessada (e capacitada) no assunto.

FEIRA DE ROBÓTICA
Francisco Madureira/UOL
Crianças brincam com robô humanóide
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Um dos exemplos é a arena da FLL (First Lego League), competição de robôs feitos de Lego que reúne escolas de todo o mundo durante o evento. "Temos várias escolas brasileiras, públicas inclusive, e alunos até de quarta série que participam e se envolvem com a robótica", diz Jean Freire, coordenador técnico da competição. A arena é a maior fonte de ruído do pavilhão —as 12 escolas brasileiras que participam do torneio nesta quarta-feira levaram até torcida para o local.

O tema da competição deste ano é a nanotecnologia. A competição envolve nove desafios, e ganha a equipe que conseguir realizá-los corretamente no menor espaço de tempo. "A competição simula usos reais da robótica", explica Freire. "Um osso ao centro da arena simula uma aplicação médica em que um robô intravenoso levaria um remédio até um ponto específico do corpo, como em tratamentos reais contra o câncer", diz. Segundo Freire, há mais de mil equipes inscritas no Brasil, e qualquer escola pode participar.

Diversão doméstica
A FEI (Faculdade de Engenharia Industrial) levou à feira um modelo do cachorro Aibo, capaz de reconhecer a voz de seu dono e reagir a comandos de voz. O pequeno robô, que possui câmera colorida no focinho e, como um cão de guarda virtual, pode avisar o dono por e-mail caso reconheça movimento em algum ambiente.

A universidade também levou à feira o PeopleBot, da ActiveMedia, que interage com seres humanos, responde a pedidos, acha e reconhece objetos e tem conexão com o PC via Internet ou rede local.

Outro robô com possível uso doméstico é o Scara, da empresa alemã Kuka Roboter —a empresa mostrou dois modelos disputando um jogo de damas durante a feira.

Abraço virtual
Outra sensação da Robótica foi a Hug T-Shirt, camiseta com sensores que emitem vibrações e calor para simular um abraço virtual.

Funciona assim: caso alguém querido —e distante— possua a camiseta, basta você instalar o software Hug Me (que acompanha o "gadget fashion") em seu celular, escolher entre um dos tipos de abraço e teclar o número do celular da pessoa. Assim que recebe a mensagem SMS disparada pelo Hug Me, o celular do dono da camiseta se conecta ao vestuário via Bluetooth e aciona os sensores. "Se você estiver carente, pode até dar um autoabraço", brinca Francesca Rosella, da empresa britânica Cutecircuit, criadora da camiseta.

A feira Robótica acontece até o próximo domingo, dia 15 de abril, no Centro de Convenções Imigrantes, em São Paulo. Mais informações em www.roboticaexpo.com.br.

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