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18/10/2006 - 15h53

Usar fone de ouvido por mais de 90 minutos prejudica audição, diz estudo

Da Reuters, em Nova York
Ouvir música alta com fones de ouvido durante mais de 90 minutos por dia pode prejudicar a audição, de acordo com um novo estudo publicado nos Estados Unidos.

O trabalho com 100 estudantes de doutorado concluiu que pessoas que costumam ouvir música a um volume de 80% da capacidade do player, faixa considerada como alta, devem utilizar o aparelho por menos de 90 minutos por dia sob risco de prejudicarem a audição.

"Se uma pessoa excede isso em um dia específico e não usar seus fones de ouvido durante o resto da semana, eles não terão risco maior", disse à Reuters o autor do estudo, Brian Fligor. "Estou falando sobre alguém que está excedendo 80% por 90 minutos, dia após dia, um mês após o outro, durante anos."

O estudo também não descobriu problemas para as pessoas que ouvem música entre 10 e 50% de volume máximo por períodos extensos. Descobriu, no entanto, que qualquer pessoa que ouça a 100% por mais de cinco minutos arrisca perder audição.

As descobertas do estudo, co-produzido pelo candidato a doutorado Cory Portunff, se aplicam a crianças e adultos. Os pesquisadores não sabem se as crianças estão mais sujeitas que os adultos.

Os cientistas não encontraram diferenças em níveis de som entre marcas de aparelhos de som digital ou entre gêneros de música testados, que variaram entre rock, R&B, country e dance.

Fligor, um audiologista do Hospital Infantil de Boston e da Faculdade de Medicina de Harvard, disse que pessoas que constantemente ouvem a altos níveis não percebem que a perda de audição pode demorar até 10 anos para aparecer.

"Me preocupo com o adolescente que terá 23, 24, 25 anos e tem uma perda considerável de audição induzida por barulho e que terá outros 60 e tantos anos para viver com uma audição que tende a só ficar pior", disse Fligor, que apresentará seu estudo na quinta-feira em uma conferência em Cincinnati.

Fligor também irá apresentar as descobertas de uma outra pesquisa, que tem co-autoria de Terri Ives, da Escola de Audiologia, da Faculdade de Optometria da Pensilvânia, que mostra que fones que emitem som diretamente no ouvido não são mais prejudiciais do que aqueles que são colocados sobre as orelhas.

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