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25/11/2009 - 15h47

Promotores italianos querem cadeia para executivos do Google

MILÃO, 25 de novembro (Reuters) - Promotores italianos querem que executivos do Google sejam presos em um caso relacionado a um vídeo que exibe um rapaz com Síndrome de Down sendo humilhado por um grupo de jovens em Turim, afirmaram fontes judiciárias nesta quarta-feira.

Promotores públicos de Milão formalizaram acusações contra quatro antigos e atuais executivos do Google por difamação e por falha da empresa em não exercer controle sobre dados pessoais relacionados ao caso.

O caso partiu de uma reclamação protocolada por um grupo italiano de defesa de portadores de Síndrome de Down, a Vivi Down, e pelo pai do garoto.

O vídeo, gravado por um celular e publicado no YouTube em setembro de 2006, mostra quatro estudantes colegiais em Turin humilhando o jovem.

Os promotores afirmam que a necessidade de proteger direitos fundamentais tem prioridade sobre os negócios e que não se trata de uma questão de liberdade, mas de responsabilidade das empresas, segundo as fontes. Eles buscam sentenças de entre seis meses e um ano.

Um porta-voz do Google afirmou que a empresa irá defender e apoiar seus funcionários e que o Google seguiu o exigido pelas leis europeias e italianas.

"Esse processo é igual processar funcionários dos correios por cartas disseminando discurso de ódio. Tentar responsabilizar plataformas neutras por conteúdo divulgado nelas é um ataque direto a uma Internet livre e aberta e pode significar o fim da Web 2.0 na Itália", afirma o porta-voz em comunicado enviado por email.

A próxima audiência sobre o caso está marcada para 16 de dezembro.

Os executivos acusados são o vice-presidente e diretor jurídico do Google, David Drummond, o ex-diretor do conselho do Google Itália George De Los Reyes, o gerente de marketing Arvind Desikan e o conselheiro de privacidade global Peter Fleischer.

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