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Esquentadinho, Sony Xperia Z1 enche de recursos sua câmera potente

Juliana Carpanez*

Do UOL, em Berlim (Alemanha)

06/09/2013 11h43

Em um primeiro contato, o novíssimo Sony Xperia Z1 causa uma boa impressão. Ele tem tela grande (5 polegadas) e rápida nas respostas, é mais leve do que parece (170 gramas), tem uma câmera potente (20,7 megapixels) e seu uso é descomplicado. A má notícia é que, se esse primeiro contato se estender e exigir muito da câmera, o aparelho esquenta consideravelmente (para não perder a piada, pode-se dizer que talvez por isso ele seja à prova d’água).

Esse porém do aquecimento merece uma ressalva. O UOL Tecnologia testou o Xperia Z1 na feira de eletrônicos IFA 2013, realizada em Berlim, onde o smartphone foi lançado. No estande da Sony, o aparelho passa por testes de visitantes curiosos durante todo o dia. Mas esse aumento de temperatura - observado em pelo menos três dos modelos expostos - é algo que o usuário deve ficar atento antes da compra.

Durante os testes, o aparelho ia esquentando gradativamente na região da lente após alguns minutos de uso – em uma ocasião, chegou a travar a câmera. Depois de um intervalo, ele voltava a esfriar (para então aquecer novamente, caso o usuário insistisse nos testes).

Se o usuário deixar de lado esse problema (ou se a Sony consertá-lo até o lançamento, previsto para outubro), o que se tem é uma câmera digital potente, cheia de recursos e de fácil uso. O preço da novidade ainda não foi divulgado.

Recursos

Ao abrir a câmera, o usuário visualiza um ícone amarelo no canto inferior esquerdo da tela. É lá onde ficam oito recursos – numa espécie de central de aplicativos - que tornam o uso de tantos magapixels ainda mais interessante.

Dá para determinar se as fotos serão no modo automático ou manual (com ajustes na tela do aparelho). Há também o Picture Effects, com efeitos mais caprichados que aqueles do Instagram. O usuário consegue, por exemplo, deixar uma foto em preto e branco e definir somente aquilo que terá cor (visual à la “Lista de Schindler”). Outra possibilidade interessante é a de transformar a imagem em um desenho à lápis. Os efeitos podem ser aplicados antes do clique, para ver como eles ficarão.

Com o Timeshift burst, a câmera registra 62 cliques em apenas dois segundos, e o usuário pode escolher a imagem exata que ele queria capturar (bom para jogos de futebol, pais com crianças hiperativas e donos de gatos, que vivem em busca da melhor pose do felino).

Sony Xperia Z1 tem recurso de realidade aumentada

O Info-eye oferece na tela do Xperia Z1 informações sobre a imagem registrada – apesar de nem sempre acertar, o recurso é interessante. Teoricamente, ele pode trazer dados (do Google e outras fontes, como mapas e o site TripAdvisor) relacionados ao monumento fotografado por um turista. Ou exibir para a pessoa no supermercado mais informações sobre aquele tipo de vinho.

Na prática, uma caneta foi confundida com o monumento Siegessaule (coluna da vitória), em Berlim, e o programa não conseguiu identificar o que era um tablet. Mas ele registrou corretamente uma frase fotografada e a usou para fazer uma busca no Google. Se não for realmente útil, pelo menos o Info-eye pode divertir o usuário.

A ferramenta mais divertida dessa lista leva o nome de AR effect (efeito de realidade aumentada) e coloca imagens temáticas e dinâmicas sobre a tela do Xperia Z1.

Escolha “conto de fadas” e você terá uma invasão de duendes, cogumelos e troncos de árvore sobrepostos sobre o cenário real. Selecione “dinossauros” e eles invadirão a tela, misturando-se a pessoas que parecem não se importar muito com o perigo. Quando o usuário faz o clique, esses desenhos são registrados junto com a cena, criando um recurso divertido. 


*A jornalista viajou a convite da Philips