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Relógio inteligente da Sony cobra 'pedágio' para fazer fotos e chamadas

Smartwatch 2, da Sony, será lançado ainda neste mês por preço sugerido de 199 euros (cerca de R$ 605) - Juliana Carpanez/UOL
Smartwatch 2, da Sony, será lançado ainda neste mês por preço sugerido de 199 euros (cerca de R$ 605) Imagem: Juliana Carpanez/UOL

Juliana Carpanez*

Do UOL, em Berlim (Alemanha)

07/09/2013 09h20Atualizada em 09/09/2013 12h12

A Sony foi a primeira grande fabricante a entrar no mercado de relógios inteligentes, os chamados smartwatches – depois dela veio a Samsung e espera-se que a Apple embarque nesta área em breve. A japonesa havia anunciado em junho seu Smartwatch 2 (sim, ele está na segunda geração), e o produto está disponível para testes na feira de tecnologia IFA 2013, realizada em Berlim.


Seu uso é simples e ele responde bem aos comandos. A tela de 1,6 polegada pode ser grande para mostrar apenas as horas. Mas, ao visualizar outras informações, os usuários acostumados a celulares de 5 polegadas certamente estranharão a miudeza das letras e ícones. Ainda no quesito usabilidade, algumas vezes ele cobra uma espécie de 'pedágio' para realizar funções (leia mais abaixo): nesses casos, é mais fácil esquecer o gadget e dar os comandos direto no celular.

Assim como seus semelhantes – há diversos modelos de pequenas companhias --, o Smartwatch 2 tem pouca inteligência. O mérito do “cérebro” fica mesmo com o smartphone, que envia e recebe as informações para o eletrônico de pulso. Sem o celular, o gadget vai pouco além da função de relógio, com aplicativos simples que não justificam seu preço de 199 euros (cerca de R$ 605). O lançamento está previsto para setembro.

A Sony afirma que o gadget funciona como uma segunda tela para smartphones com sistema operacional Android e conectividade NFC (near field communication, um sistema de troca de dados por aproximação). O usuário pode ler e-mails, visualizar conteúdo de redes sociais (Facebook e Twitter) e também notificações enviadas ao telefone.

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“Pedágio”
Em alguns casos, a dependência do relógio em relação ao smartphone vai ao extremo, fazendo o usuário “pagar pedágio”. Um exemplo é o recurso de câmera: dá para tirar fotos com o relógio, desde que seja usada a câmera do telefone. Por que não fazer o registro direto com o celular, então?

Essa mesma pergunta pode ser relacionada à função de telefone. Você até consegue digitar o número na telinha, mas será necessário pegar o smartphone caso a pessoa do outro lado atenda à ligação.

O Galaxy Gear, apresentado pela Samsung na IFA 2013, também tem utilidade questionável. Mas, se considerados os casos acima, o modelo sul-coreano está alguns passos à frente: tira fotos sozinho e permite falar ao telefone posicionando a mão do relógio na orelha (ele tem um microfone no fecho para isso).

Entre os recursos básicos do Smartwatch 2, que dispensam o uso do celular, estão a de relógio (!), timer, calendário, calculadora e lanterna (a tela fica toda branca, bem iluminada). Talvez com esse recurso de iluminação, e não com seus outros atributos, a novidade possa realmente facilitar a vida do usuário.

 

* A jornalista viajou a convite da Philips