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Trocou de celular e não sabe o que fazer com o velho? Veja estas dicas

Você pode usar de reserva, vender ou doar... já pensou nisso? - Getty Images/iStockphoto
Você pode usar de reserva, vender ou doar... já pensou nisso? Imagem: Getty Images/iStockphoto

Rodrigo Lara

Colaboração para o UOL, em São Paulo

28/05/2018 04h00

Você é o feliz proprietário de um smartphone novinho em folha? Antes de mais nada, meus parabéns. Agora vem a segunda pergunta: o que você fará com o seu aparelho antigo?

Caso o seu celular anterior não tenha ido desta para uma melhor devido a danos, defeitos ou roubo, é possível que ele tem um fim de vida digno. E, mais do que isso, que ainda renda um bom dinheiro que pode ajudar a amortizar o preço pago na compra de um novo.

Manter ou não?

A primeira decisão a tomar é: você pretende mantê-lo ou não?

Há algumas possibilidades quando a decisão é ficar com o aparelho antigo (aqui listamos 12 utilidades para celulares parados), inclusive utilizá-lo normalmente em ambientes menos seguros, como shows de música.

Outra vantagem de ter um aparelho "pronto para uso" de reserva é um tanto óbvia: não ficar sem celular caso o seu principal dê algum problema.

Quem não está preocupado com isso - ou, ainda, já possui um celular usado de reserva -  provavelmente optará por não ficar com o aparelho antigo. Neste caso, a solução mais comum é a venda. E há mais de uma maneira para fazer isso.

Ajudando a pagar o novo

O primeiro passo para quem pretende vender o celular é garantir que o aparelho em questão esteja em condições de uso. Ou seja: ele liga, os botões funcionam normalmente, a tela não está quebrada e não há defeitos sérios --como uma bateria que não carrega mais, por exemplo.

A não ser que o comprador seja uma empresa especializada na comercialização de usados (e que tolera determinados defeitos, como falaremos adiante), vender um aparelho danificado para uma pessoa física sem alertar sobre o defeito, além de moralmente questionável, é garantia de dor de cabeça. Ou seja: você não gostaria que fizesse isso com você, certo? Então não faça com os outros.

Considerando um aparelho em bom estado de conservação, uma possibilidade é usar sites de vendas como OLX ou Mercado Livre para anunciar o celular. É sempre bom tirar fotos e deixar bem claro o conteúdo do pacote.

Para definir o preço, vale consultar por quanto aparelhos similares estão sendo vendidos. Uma vez definido o valor, resta esperar.

Foi esse o caminho escolhido pelo designer Danilo Bastos. Entre 2014 e 2015, ele resolveu trocar de celular. "Eu tinha um iPhone 4S e queria comprar um celular mais moderno. Como ele já apresentava sinais de cansaço, a escolha foi pela venda mesmo".

Para isso, Danilo escolheu o site OLX. "Desisti de usar ele na troca por outro diretamente pela operadora, porque o valor que eles pagariam seria muito baixo.:

Ele conta que o celular não estava como novo, mas se encontrava em bom estado geral. "A bateria não estava durando muito e havia uma mancha na tela". Mesmo descrevendo alguns pequenos problemas, em pouco tempo apareceram interessados. "Consegui vender em menos de duas semanas depois que anunciei. Um amigo do comprador analisou o aparelho, comprovou que só tinha os problemas que eu já citava no anúncio e fechamos a venda".

Danilo diz que pretende continuar fazendo esse tipo de negócio:

Costumo trocar de aparelho a cada dois anos e, com a venda do antigo, aproveito o dinheiro para pagar parte do novo

Para quem tem pressa

Se você quer vender o aparelho antigo, mas não tem paciência para esperar um interessado ou, ainda, quer utilizar o valor como desconto na hora de comprar um novo, há algumas opções.

A primeira delas é utilizar sites especializados na compra e venda de aparelhos usados, como Trocafone ou o Recompra.

Basta preencher um questionário básico, definindo o modelo do aparelho que você tem e o estado de conservação. Em seguida, o site calcula o valor máximo a ser pago (considerando que o aparelho de fato esteja como você falou) e, caso você aceite a oferta, terá que enviar o celular pelo correio, com os custos pagos pela loja.

Após uma perícia para atestar a condição do smartphone, o interessado em vender pode receber o dinheiro via depósito ou, em alguns casos, transformá-lo em desconto na compra de um outro aparelho.

Alguns grandes varejistas, como as Casas Bahia, oferecem a modalidade de compra de celular usado, porém o valor pago se transforma em vale-compra para outros produtos da loja.

Vale ressaltar que nem todos esses sites aceitam modelos variados de celular. A preferência costuma ser por aparelhos da Apple, da Samsung e da Motorola.

O preço pago por um usado varia bem, mas em geral é menor do que o obtido em uma venda direta para pessoa física.

Considerando a Trocafone, um iPhone 7 de 32 GB na cor preta em boas condições é comprado por R$ 855, enquanto um Samsung Galaxy S8 no mesmo estado vale R$ 732.

Outra opção é checar se a loja na qual você está comprando o aparelho aceita celulares antigos como parte do pagamento.

Esse foi o caso da relações públicas Bianca Iaconelli, que conseguiu um belo desconto na hora de adquirir um iPhone 8 Plus na loja iPlace.

"Fiquei sabendo sobre isso [a compra de celulares usados] pelo rádio. Usar o celular antigo como parte do pagamento de um novo nunca tinha passado pela minha cabeça e eu achei a idéia ótima", conta:

Se não fosse isso, ou eu simplesmente trocaria a bateria dele [um iPhone 6] ou compraria um novo e ele ficaria encostado no armário

No final, considerando os R$ 600 pagos pelo seu iPhone 6 antigo e mais R$ 800 por um Motorola E3 de sua mãe (essa loja paga mais por quem decide trocar um celular Android por um iPhone), Bianca conseguiu R$ 1.400 de desconto no aparelho novo.

"E ainda tive desconto por pagar à vista. Acabei nem procurando outras alternativas, porque essa valeu muito a pena", afirma. 

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Boa ação

Se a ideia é simplesmente dar um destino a um celular antigo, mas sem qualquer preocupação em conseguir algum dinheiro com isso, há duas soluções possíveis: reciclar ou doar.

No primeiro caso, o descarte pode ser feito em lojas de operadoras situadas em shoppings, por exemplo.

A razão para não jogar o aparelho no lixo é simples: determinados componentes, como as baterias, podem ser extremamente prejudiciais ao ambiente se simplesmente descartados em um aterro sanitário.

Já as doações podem ser feitas diretamente a instituições de caridade e essa possibilidade varia caso a caso, sendo recomendável entrar em contato e ver se há interesse no aparelho.

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