Getty Images ![]() Cada seguradora tem regras próprias; algumas, por exemplo, não cobrem roubo do aparelho dentro do veículo |
Ao adquirir um telefone em uma loja, os vendedores geralmente oferecem aos compradores um plano de seguro para o telefone. Sobretudo quando são smartphones, pois têm preços mais elevados. Porém, a contratação desse tipo de serviço contra roubo exige atenção do consumidor, pois muitas vezes quem contrata o serviço não percebe ao certo o que o seguro cobre e o que ele não cobre. O UOL Tecnologia consultou especialistas para ajudar a esclarecer alguns pontos importantes antes de contratar um seguro para celular. Confira:
Valores
No que diz respeito ao preço de seguro, em média, o segurado paga uma taxa anual que varia entre 10% e 15% do valor do aparelho para a empresa. Pegando como exemplo o caso de um aparelho de R$ 1.000 e com a porcentagem da seguradora a 15%, a taxa anual do seguro vai ser de R$ 150. Esse valor pode ser pago em até 12 vezes.
Outro ponto que deve ser considerado pelo consumidor que quiser contratar esse tipo de serviço é a franquia. Quando ocorre algum problema (ou sinistro, na linguagem dos seguros) com o telefone, o consumidor deve pagar uma taxa de 10% a 20% com base no preço do produto para receber um novo.
O que os seguros não cobrem
“O consumidor precisa conhecer o conteúdo do contrato do seguro e identificar quais são os eventos cobertos”, afirmou Mariana Alves do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor). De acordo com a advogada, um dos pontos que geram mais confusão entre os consumidores é que as empresas de seguro não cobrem furtos simples.
Em linhas gerais, o furto simples ocorre quando a subtração do aparelho é feita sem o rompimento de obstáculos. Por exemplo, um usuário deixa seu iPhone em cima do balcão de uma loja e, sem ele notar, alguém o leva. Esta infração é considerada um furto simples, pois não teve uso de uso de violência ou rompimento de obstáculos.
“As operadoras não costumam cobrir o furto simples, pois entendem que as situações desse tipo são geradas por um ‘descuido’ do cliente”, afirmou Aline Sartorelli, que é analista de seguros da corretora Harmonia.
O que os seguros cobrem
Eu preciso? – veja se o preço do aparelho justifica o valor que será pago ao seguro. |
O que estou contratando? - ao contratar o serviço, é importante o usuário saber o que o seguro cobre e o que não cobre. |
Fique atento ao contrato - Porto Seguro e Mapfre, por exemplo, cobrem furto qualificado. Porém, no caso do furto de celular dentro de um carro parado, as empresas não cobrem. Preste atenção nas particularidades das seguradoras. |
Veja se o celular pode ser segurado - Há planos de seguro, como o Seguro Fácil Celular, que aceitam aparelhos com até 45 dias de uso. Já outros permitem celulares com até três anos de uso (anos de uso são baseados na data da nota fiscal). |
Taxas de franquia praticadas - é importante que o usuário saiba que, por mais que haja um problema com o aparelho, ele terá que pagar uma taxa de franquia. Os valores variam conforme as empresas de seguro. |
Em contrapartida, a maioria das empresas que presta serviço de seguro cobre roubos e furtos qualificados. Esse tipo de delito ocorre quando há alguma obstrução de barreira ou ameaça por parte de alguém. Por exemplo: o usuário deixa o celular dentro da mochila. Porém, alguém sem ele perceber rasga a mochila e o tira de lá. Nessa situação, as empresas pagam o cliente, pois houve um tipo de obstrução.
Além do roubo
Ainda que boa parte das seguradoras ofereça seguro contra roubo, algumas empresas, como a Porto Seguro, oferecem proteção contra danos externos ao aparelho. Logo, se o telefone da pessoa cair no chão e ocorrer dano, o usuário será ressarcido. Há ainda outras seguradoras, como a Mapfre, que têm uma espécie de proteção caso o contratante fique desempregado.
Fazer ou não fazer?
Antes de contratar o seguro, o proprietário do aparelho deve considerar alguns fatores para verificar se vale a pena para ele ou não:
- Será que o preço do aparelho justifica o valor do seguro? Ao fazer um seguro de um celular com preço de até R$ 250 na Vivo, o usuário paga uma mensalidade de R$ 6,50. Quem tem telefone com valor compreendido entre R$ 1.001 e R$ 2.000, paga, em média, R$ 18,49.
- Cliente pós-pagos têm vantagens em adquirir novos aparelhos, por fazerem parte de programas de bonificação. Dependendo da quantidade de “bônus”, o usuário pode conseguir um aparelho semelhante a um preço baixo.
- Caso o usuário exponha muito o celular em lugares públicos, o seguro pode ser uma boa alternativa de prevenção.