A Rovio, desenvolvedora do popular jogo “Angry Birds”, diz ter aprendido com os erros da indústria fonográfica para lidar com a pirataria de seus jogos e mercadorias. A cópia não licenciada de produtos pode inclusive, ainda segundo companhia, render mais negócios e conquistar mais fãs para seus pássaros e porcos. A afirmação foi feita nesta terça-feira (31) pelo diretor Mikael Hed, em Cannes.
“Temos problemas com a pirataria, não somente de aplicativos, mas também de produtos. Há toneladas e toneladas de produtos por aí, especialmente na Ásia, que não são oficialmente licenciados”, disse, segundo o “Daily Mail”. “Pudemos aprender muito com a indústria fonográfica e as formas terríveis como ela tentou combater a pirataria.”
Segundo ele, a empresa considera inútil levar os piratas à Justiça, com exceção dos casos em que os produtos vendidos sejam prejudiciais à marca ou tirem vantagem do público. Quando esse não é o caso, afirmou Hed, a Rovio encara a pirataria como uma forma de atrair ainda mais fãs, mesmo que a empresa não ganhe dinheiro com isso. “A pirataria pode não ser uma coisa ruim: ela pode nos render mais negócios”
Uma lição positiva aprendida com as empresas de música foi a forma de ver os clientes. “Não devemos trata-los como consumidores e sim como fãs. Fazemos isso hoje: falamos sobre a quantidade de fãs que temos. Se perdermos os fãs, nosso negócio acaba, mas se conquistarmos ainda mais deles, nossa empresa cresce.”
