Miwa Suzuk/AFP Vendedor japonês mostra televisor da Toshiba que permite a visualização de efeitos 3D sem a necessidade de óculos |
Por Isabel Reynolds
LAS VEGAS (Reuters) - A Toshiba começará a vender televisores 3D que não requerem óculos especiais e dotados de telas grandes no ano fiscal de 2011, e planeja começar a oferecê-los fora de seu mercado de base, o Japão, anunciaram executivos do grupo na terça-feira.
O conglomerado japonês também anunciou uma meta ambiciosa para elevar em um terço seu volume de venda de televisores, no ano fiscal que começa em abril, a 20 milhões de unidades.
A Toshiba, cujos produtos variam de eletrodomésticos a usinas nucleares, já lançou versões de 12 e de 20 polegadas de seus televisores 3D que não requerem óculos especiais, no Japão.
A necessidade de óculos especiais é considerada como grande obstáculo às vendas de TVs 3D, mas rivais da Toshiba alegaram que a tecnologia que permite assistir sem óculos especiais oferece ângulo de visão muito restritivo.
Atsushi Murasawa, diretor de produtos visuais da Toshiba, disse a jornalistas na Consumer Electronics Show (CES), terça-feira em Las Vegas, que a reação aos aparelhos havia sido positiva.
A empresa demonstrará protótipos de modelos 3D que não requerem óculos especiais dotados de telas de 56 e 65 polegadas, na CES, e provavelmente lançará dois modelos, um com tela superior a 40 polegadas e outro com tela superior a 50 polegadas, de acordo com um porta-voz da Toshiba.
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"Eles não serão dirigidos apenas ao mercado japonês, mas também aos Estados Unidos, Europa e China", disse Murasawa, sem oferecer detalhes sobre datas de lançamento ou preços dos novos produtos.
A Toshiba fabrica ela mesma as telas de cristal líquido para seus televisores 3D dotados de telas pequenas e que não requerem óculos, mas disse que necessitaria de fornecedor externo para telas maiores.
A empresa também vende TVs 3D para uso com óculos, semelhantes aos oferecidos por rivais como a Sony.
A Toshiba quer aumentar suas vendas de televisores nos países em desenvolvimento e conquistar 10 por cento do mercado dos Estados Unidos, ante sua atual participação de sete a oito por cento, disse Murasawa.