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02/04/2012 - 16h41 / Atualizada 02/04/2012 - 18h39

Governo mantém leilão de 4G para junho e vê disputa acirrada

Rodrigo Viga Gaier
No Rio de Janeiro

A disputa por licenças no leilão de 4G programado para junho deve ser acirrada e contar com lances bilionários, disse nesta segunda-feira o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

Segundo ele, a maioria das pendências com as operadoras em relação ao certame já foi superada e a perspectiva é de grande procura pelas licenças.

"Não tenho dúvida que elas (operadoras) vão entrar e participar do leilão. Vai ser um leilão bilionário e com muitos recursos envolvidos", disse Bernardo a jornalistas. "Algumas, pelas conversas que temos, disseram que vão entrar até muito agressivamente."

O edital de licitação será publicado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) até 20 de abril e o leilão ocorrerá em junho, em dia a ser confirmado.

O ministro garantiu que a insegurança de algumas operadoras que queriam o adiamento do leilão já foi superada. Algumas demandas ainda estão em análise no governo, que admite flexibilizar sua posição em alguns pontos para garantir o sucesso da licitação.

"Querem atualizar e mudar detalhes relativos a prazos que estão no edital e consideramos pertinente. Tudo que a gente puder acertar é bom", disse Bernardo.

"Uma dessas questões são os prazos para a cobertura do serviço 4G. Tem havido demanda das empresas para flexibilizar os prazos para ter um calendário menos agressivo para eles. Estamos conversando e analisando", acrescentou.

Bernardo frisou que a Copa das Confederações, que será realizada no Brasil em 2013 numa preparação para o Mundial de 2014, prevê o início do serviço 4G em algumas capitais, entre elas as que sediarão jogos do evento. A discussão com as empresas incide sobre o calendário de implantação em outros municípios.

O ministro reconheceu que o serviço 3G ainda deixa muito a desejar no país e que as empresas precisam correr "atrás do prejuízo". Ele acredita que as empresas não se prepararam adequadamente para a expansão do mercado brasileiro de comunicação móvel.

DESONERAÇÕES

O ministro das Comunicações afirmou ainda que o pacote a ser anunciado pelo governo na terça-feira com medidas de estímulo à economia incluirá desonerações para o setor de telecomunicações.

Desde a metade do ano passado o governo vem anunciando planos de reduzir impostos para construções de novas redes de comunicações.

Em setembro de 2011, Bernardo disse que as desonerações à indústria de telecomunicações seria da ordem de 6 bilhões de reais em cinco anos.

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