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12/03/2008 - 07h06

Placas de conexão atreladas aos planos limitam escolha do usuário

CEILA SANTOS | Para o UOL Tecnologia
Modem, placa PCMCia, mini-modem USB ou um Express Card? Todos esses equipamentos podem ser usados na hora de trazer banda larga móvel para o notebook.

No entanto, a liberdade para escolher qual deles vai ser a porta de comunicação entre o seu notebook e a Internet é bem limitada. O motivo é que a maioria das empresas que oferece acesso à Web móvel já estabelece qual será o dispositivo a ser utilizado conforme o plano que você escolher.

Assim, é raro o consumidor comprar um dispositivo de acesso no varejo, como em lojas de informática. Se isso acontecer, é importante avaliar se o terminal adquirido é compatível com o serviço que será contratado pela operadora.

Mesmo com o equipamento acompanhando o plano, é bom entender algumas características dos diversos modelos disponíveis e entender quais são as vantagens e desvantagens de cada aparelho.

O principal ponto a ser observado é se o dispositivo é compatível com sistema operacional do seu computador portátil. A maioria deles suporta Windows 2000/XP, Vista e MacOS. O Linux ainda é raridade para os dispositivos com acesso à Internet móvel.

Outra diferença importante é que os dispositivos são feitos de acordo com o padrão tecnológico da rede de dados da prestadora de serviços. Isso significa que o dispositivo que opera na rede CDMA 1XRTT, por exemplo, não vai funcionar na rede GPRS, Edge, HSDPA e, em alguns casos, nem na rede CDMA EVDO.

A mesma diferenciação de padrões para os usuários que optam pela banda larga "fixa", seja cabo, ADSL ou satélite: os modems são desenvolvidos de acordo com o padrão tecnológico das redes de dados dessas operadoras. Ou seja, não há compatibilidade entre as tecnologias de rede a partir de tais dispositivos.

Mas a principal característica que amplia as opções do mercado trata-se das funcionalidades referentes à interface de cada dispositivo, que refletirão na comodidade da instalação para o usuário e também na performance da transferência de dados.

Os modems, sejam portáteis ou não, são de dimensões e pesos maiores do que as placas PCMCIA (Personal Computer Memory Card International Association) que, por sua vez, perdem neste quesito para os USBs.


Quanto custam os dispositivos?

A maioria dos prestadores de serviço subsidia o dispostivo de acesso, o que geralmente resulta em não pagar nada pelo terminal responsável em conectar seu notebook ao mundo da Internet.

Mas essa premissa, principalmente para o acesso à Internet móvel, só é válida quando o usuário opta pelo plano de serviço mais avançado —o que implica em pagar pelo plano mais caro da operadora, acima de R$ 80,00.

No caso do acesso de banda larga "fixa", o custo do dispositivo segue o modelo de comodato. Ou seja, o usuário não paga nada pelo equipamento, mas se cancelar o serviço é obrigado a devolver o dispositivo. Essa oferta, geralmente, vem atrelada a uma cláusula no contrato que exige período mínimo de 12 meses de fidelidade com a operadora.

Avaliar o preço do dispositivo entre as opções de mercado envolve uma complexa pesquisa porque existem muitas promoções sazonais, além dos pacotes incluídos na venda do acesso à Internet como serviço de voz, TV por assinatura, emails, SMS entre outros.

A regra básica da oferta segue o conceito de "quanto mais o usuário contrata na área de serviço, menos paga pelo equipamento".

A Vivo cobra R$ 299,00 pelo mini-modem, ou modem portátil, para os respectivos planos básicos, cuja a transferência de dados permitida é de 250 MB (Vivo Zap, no valor de R$ 49,90) e 500 MB (Vivo Flash, no valor de R$ 39,90).

O preço do mini-modem cai para R$ 99,00 quando se contrata o serviço Vivo Zap ilimitado (R$ 139,90) e do modem portátil para R$ 10 reais quando se contrata o Vivo Flash Ilimitado (por R$ 99,90).

A operadora ainda oferece diversos modelos de placa PCMCIA, cujo custo é de R$ 149 no plano básico (com franquia de 250 MB), chegando a cair para R$ 10,00 no plano ilimitado (R$ 139,90). Não há dispositivo compatível com CDMA oferecido de graça pela operadora.

A TIM cobra R$ 389,00 pela placa ou mini-modem USB em franquias de acesso à Internet móvel de 40 MB, cuja mensalidade é de R$ 9,90. A placa é grátis e o custo do dispositivo USB cai para R$ 99 caso o usuário opte pelo pacote de 1GB, cuja mensalidade é de R$ 49.

Já a Claro cobra R$ 299 tanto pelo modem USB quanto a placa PCMCIA, para o plano de 40 MB (R$ 39,90), enquanto o custo desses dispositivos caem para R$ 199 caso o usuário opte pelo plano de 2GB (R$ 99,90).

As operadoras que oferecem serviço de banda larga "fixa" como TVA, Telefônica, Oi e NET não cobram pelo dispositivo porque seguem o modelo de comodato, porém, é importante ficar atento para necessidade da compra da placa PCMCIA caso seu notebook não tenha entrada de placa de rede, o que é raro nos modelos atuais.

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