Antes de falar do Windows 7, é preciso entender alguns aspectos de seu antecessor, o Vista. Fruto do projeto Longhorn, seu desenvolvimento foi marcado por uma série de atrasos e inicialmente previsto para ser lançado em 2004 só foi chegar às lojas em novembro de 2006. Uma vez nas prateleiras, ele assustou por pedir configurações então parrudas para realizar tarefas simples, o que fez que diversos clientes simplesmente ignorassem a novidade e continuassem com o velho XP, lançado em 2001.
"Na época em que o Vista foi lançado, apenas 24% dos computadores tinham condições de rodá-lo sem problemas" conta Ricardo Wagner, diretor de produto da Microsoft, que lembra que desde então a situação mudou: "atualmente, 86% das máquinas vendidas no Brasil têm pelo menos 1GB de RAM", explica.
Mesmo assim, o Vista nunca conseguiu substituir o XP em algumas frentes do mercado. No final de 2007 a Asus lançou o EeePC, um computador de baixo custo e especificações técnicas modestas, feito para tarefas básicas como navegar na internet, ouvir música e editar textos, e não demorou para que outras empresas lançassem produtos semelhantes. Estava criado o segmento dos netbooks, que só foi decolar depois que o XP foi recrutado de sua quase-aposentadoria para substituir as variadas versões do Linux que equipavam os ultraportáteis.
O resultado é que a chegada do 7 deverá representar o fim da linha para o Vista, enquanto seu antecessor continua no mercado. "Estamos mudando toda nossa linha e depois do dia 22 de outubro não vamos mais entregar computadores com o Vista", afirma César Aymoré, diretor de maketing da Positivo. Por sua vez, o netbook Mobo poderá ser encontrado em versões com o novo sistema operacional e com o velho XP. Já a Microsoft afirma que "não há uma data" para seu carro-chefe dos últimos três anos seja descontinuado.
