As características que tornam um HD multimídia são inúmeras. Executar músicas, fotos e vídeo em alta definição, diretamente da TV, sem a necessidade de um PC é uma delas. Alto poder de armazenamento, um controle remoto para 'pilotar' o disco rígido e um bom design para combinar com a estante da sala também fazem parte dos pontos positivos de um bom equipamento.

Infelizmente, nenhum dos três HDs avaliados pela reportagem tem todas essas características combinadas. Em separado, entretanto, cada um dá conta de alguns recados.

Confira fotos dos aparelhos testados

O mais completo é o Screenplay 500. Ele guarda 500 GB de dados —um número bastante aceitável quando se trata de arquivos pesados— como são normalmente filmes e músicas em alta definição. O disco tem saídas de todos os tipos, que permitem ligá-lo a TVs, caixas de som e, obviamente, ao computador.

Quando ligado a TVs e alto-falantes, o disco se torna, facilmente, o administrador do sistema multimídia. Com um fino (e um tanto quando frágil) controle remoto, é possível avançar ou retroceder imagens, controlar volume, acertar legendas. Não é necessário qualquer tipo de preparação especial na TV ou nos alto-falantes —basta que eles tenham as mesmas portas (USB, AC3, componente, HDMI, S-Video, RCA) para que falem a mesma língua.

Ao ligar o HD no computador, entretanto, o disco multimídia volta a ser só um conjunto de armazenagem de dados. O mesmo ocorre com o Lacie Silverscreen, que também tem um controle remoto —muito superior ao do Iomega— que permite ao usuário navegar facilmente pelos seus arquivos quando conectado à TV.

Nesse modelo, existem menos saídas, cabos e conexões do que o Iomega, assim como os tipos de mídia que reproduz : Mpeg-1, Mpeg-2, Mpeg-4 e pode se conectar, estranhamente, a videocassete.

Tão rápido quando o Iomega, e um pouco mais silencioso, o Silverscreen perde de longe no quesito multimídia por oferecer espaço de apenas 40 GB. Na prática, ele tem a capacidade de armazenar cerca de 10 mil canções ou 40 mil fotos —quase 12 vezes menos do que seu irmão multimídia. Para se ter uma central multimídia em casa, é necessário mais do que conexão a diversos componentes, é preciso espaço.

Nesse quesito, quem leva o troféu "Saco Sem Fundo" é o Lacie Neil Poulton. Com 1 TB, ele armazena o que encontrar pela frente (até preencher uma cota equivalente a 1.420 filmes no formato DivX). Mas o HD não vai além disso. Para torná-lo uma central multimídia será necessário um dispositivo de controle, com porta USB, para fazer a interface entre ele e o monitor ou a caixa de som.

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