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30/03/2007 - 12h50

Gravadores de DVD levam videocassete à extinção; veja teste

Fernanda Ângelo

Para o UOL Tecnologia
Cerca de 20 anos atrás, um videocassete na sala era artigo de luxo e, mais do que isso, uma garantia de poder assistir ao capítulo da novela depois do horário normal de transmissão. Bastava deixar o aparelho programado para gravar.

Os anos passaram, e o DVD começou a tomar o lugar do videocassete, especialmente conforme seu preço foi despencando (hoje pode ser comprado a cerca de R$ 300). Nas locadoras de vídeo mesmo, raramente se encontram fitas VHS para aluguel. Mesmo assim, o velho e bom videocassete resistiu à extinção graças à sua capacidade de gravação —até pouco tempo ausente nos aparelhos de DVD.

Agora, ao que tudo indica, seus dias estão contados. Os equipamentos de DVD com recursos de gravação já começam a ter preços mais acessíveis ao consumidor brasileiro, e já são encontrados por preços a partir de R$ 500.

Para ajudar aqueles que já pensam em comprar um gravador de DVD para a sala, o UOL Tecnologia testou três modelos desses aparelhos.

Preto básico
Dono do design mais "clean", o Samsung DVD R130 cabe em qualquer espaço no seu rack —todo preto, ele tem medidas de 43 cm x 4,5 cm x 21,5 cm (L x A x P) e apenas 2,3 kg.

Além de gravar filmes e programas de TV, o aparelho permite ao usuário criar suas coleções de áudio ou passar para DVD as filmagens e fotos feitas em sua câmera digital —ou de suas fitas VHS. É que o aparelho traz no painel frontal uma entrada DV (IEEE 1394) para a conexão direta com equipamentos de vídeo digital —câmeras ou filmadoras digitais. O conteúdo desses eletrônicos pode ser reproduzido diretamente, bem como gravado para um DVD sem a necessidade de conectar-se ao computador.

A exemplo dos videocassetes, o gravador de DVD também permite gravações em diferentes níveis de qualidade —XP (alta qualidade), SP (qualidade padrão), LP (gravação de longa duração) e EP (modo estendido). Saiba mais sobre cada um desses modos de gravação.

O aparelho da Samsung também cria capítulos automaticamente no DVD. O intervalo de tempo para cada capítulo depende do modo de gravação selecionado —cinco minutos para gravação nos modos XP e SP ou 15 minutos para gravação nos modos LP e EP.

A sua capacidade de iniciar a gravação ao toque de um só botão, seja no controle remoto ou diretamente no painel frontal do aparelho, faz lembrar o videocassete. Outro recurso interessante é a tecla Info do controle remoto. Ao tocá-la, o aparelho reproduz na tela da TV dados sobre a gravação, e não apenas daquilo que está sendo reproduzido.

O modelo da Samsung também é o mais em conta entre os aparelhos testados: custa R$ 459.

Direto ao ponto
O Panasonic DMR-ES15LB-S é um equipamento sem frescuras ou incrementos em seu visual —o aparelho é todo prateado e tem dimensões de 43 cm x 5,8 cm x 32 cm (L x A x P) e 3,4 kg.

A exemplo do Samsung, o modelo faz gravações nos formatos de DVD-R, DVD-RW, DVD+R e DVD+RW. Na hora de reproduzir o conteúdo, a gama de opções é maior: ele suporta DVD-Vídeo, VCD, DVD-Áudio, CD de áudio, CD-R/RW, MP3, JPEG, TIFF e DivX.

Além dos modos oferecidos pelo Samsung, o modelo da Panasonic permite gravação no modo FR —que promete mais qualidade de gravação no tempo disponível de disco. Este equipamento também conta com a entrada DV para a conexão direta com equipamentos de vídeo digital.

O Panasonic DMR-ES15LB-S pode ser comprado por R$ 599.

Memória interna
O LG RH1F99H deve atrair quem é fã de conteúdo digital. Isso porque, além de gravar a programação de TV, o equipamento permite a gravação de conteúdo diretamente da câmera digital via entrada DV ou por seus dois leitores de cartões de memória, capazes de ler até 14 diferentes modelos.

Para os pais preocupados em controlar aquilo que seus filhos assistem —e gravam—, o modelo conta com uma trava de segurança.

Graças ao disco rígido de 250 GB embutido no modelo da LG, também é possível fazer gravações diretas, sem a necessidade de um disco. Para ter idéia, um DVD comum utilizado para gravação possui 4,7 GB de espaço. O aparelho permite duplicações de CD MP3, CD de fotos e do cartão de memória para o HD. Também é possível gravar conteúdo tanto do disco rígido quanto de DVD para o cartão de memória, bem como do DVD para o HD e vice-versa.

Com o HD, o aparelho aquece bem mais do que os outros que participaram do teste. Para garantir o seu funcionamento —e evitar o seu superaquecimento—, o gravador traz um cooler instalado em seu painel traseiro —o que também aumenta ligeiramente o grau de ruído.

Por conta do disco rígido, o modelo da LG nem poderia ter dimensões mais enxutas. Ele mede 43 cm x 5,4 cm x 27,5 cm (L x A x P) e 4,7 kg. Mas a LG cuidou para que o design do aparelho não perdesse tanto, e incrementou o seu visual com a mistura das cores preta e prata e com botões embutidos na superfície do equipamento.

O modelo da LG também é o mais caro entre os três testados (por causa, em partes, do seu disco rígido). Ele sai por aproximadamente R$ 2.600.

A Panasonic e Samsung também possuem modelos com disco rígido embutido, embora tenham sido selecionados aparelhos sem esse recurso para este teste. Confira ainda em abril, aqui no UOL Tecnologia, o teste com gravadores de DVD equipados com disco rígido.

Em todos os modelos testados, o usuário pode deixar a gravação programada para qualquer horário. As opções de legendas, dublagens, ângulo da câmera e níveis de zoom dos gravadores testados seguem a mesma linha daquelas existentes nos aparelhos de DVD tradicionais.

Outros avanços já disponíveis nos aparelhos vendidos no exterior ainda estão por vir. Por exemplo, nenhum dos modelos testados possui um sistema de áudio 5.1. Ou seja, você não poderá assistir a filmes com o seu home theater. A menos que possua um receiver para fazer essa ponte.

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