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28/01/2008 - 07h01

Sensores das filmadoras full HD variam entre CCD e CMOS e megapixels diversos

MARCELO AYRES | Para o UOL Tecnologia
Todas as filmadoras full HD avaliadas pelo UOL tecnologia capturam imagens em alta definição digital, ou seja, com 1.080i linhas e resolução de 1440 pixels —o "i", que vemos ao lado da definição vem de "interlaced" (em português, entrelaçado). Em seu modo mais alto, a Panasonic ainda consegue resolução de 1920 pixels.

A nomenclatura "interlaced" está relacionada com a maneira como a tela é preenchida. Assim como em um caderno, as linhas de imagem são uma a uma desenhadas na tela do televisor. Contudo, a TV primeiro desenha todas as linhas ímpares e depois todas as pares. Deste modo, as imagens são entrelaçadas, e colocadas em seqüência, formando uma imagem em movimento. É importante lembrar que as linhas são relativas à definição —por isso, o correto é dizer definição e não resolução.

Uma outra denominação de definição que existe no mundo da imagem em alta definição é a letra "p". Ela vem de "progressive" (em português, progressivo).

Este sistema preenche todas as linhas (pares e ímpares) a cada quadro na mesma passada, ao mesmo tempo. Isto permite maior estabilidade à imagem, tornando-a muito mais agradável de ser assistida.

Para que você tenha uma idéia como melhora a definição, uma TV convencional tem até 480 linhas de resolução. As filmadoras do formato de fita VHS alcançam de 230 a 300 linhas, enquanto as câmeras profissionais utilizadas nas emissoras de TV têm no mínimo 1.000 linhas de resolução.

Qualidade de imagem

Uma das principais diferenças que o usuário sentirá na hora de assistir as imagens gravadas em uma filmadora full HD numa TV compatível com a resolução máxima permitida será a definição do vídeo. Detalhes que antes passavam despercebidos, como maquiagens exageradas ou rachaduras em uma parede, saltarão aos olhos com vivacidade nunca antes vista.

Por outro lado, as filmadoras também facilitam as imagens tremidas. A impressão que fica é a de que as imagens em alta definição estão mais sujeitas a pequenos tremores —o resultado pode não ficar tão agradável de ver.

CCD x CMOS

Duas das filmadoras avaliadas (a JVC Everio GZ-HD3U e a Panasonic HDC-SD5PP) fazem a captura das imagens via CCD (sigla, em inglês, para Charged Coupled Device), sistema muito parecido com o utilizado nas câmeras fotográficas digitais. A Sony HDR-SR5 utiliza a tecnologia CMOS.

O CMOS (sigla que, em inglês, significa Complementary Metal Oxide Semicondutor), é um chip que armazena dados em sua memória. Ele funciona como o CCD, transformando a luz em impulsos elétricos, que depois são convertidos em pixels para formar as imagens.

Tanto a Panasonic HDC-SD5 quanto a JVC HD3U são equipadas com um conjunto de três CCDs, um para cada cor primária RGB (R sendo vermelho, G, verde, e B azul), que trabalham simultaneamente capturando cada um a sua cor, que depois se misturam na formação da imagem. Isso proporciona imagens com cores mais marcantes e contornos mais definidos.

A capacidade de captura do jogo de CCDs da Panasonic é de 1,6 megapixel. Já na JVC HD3U a capacidade é de 1,2 megapixel.

A tecnologia CMOS, que equipa a Sony HDR-SR5 e pode capturar até 1,4 megapixel para o modo de vídeo e 2 megapixels para o modo de foto, trabalha no sistema mais comum, que divide áreas específicas para cada cor no mesmo chip.

Uma das desvantagens do CMOS fica por sua estrutura utilizar muitos transistores —muitas vezes os fótons capturados colidem com os transistores e não atingem a área de captura, provocando uma sensibilidade menor à luz e, por conseqüência, imagens mais escuras.

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