UOL Tecnologia testa celulares ''tudo em um'' no estilo canivete suíço; confira
SÉRGIO VINÍCIUS||Para o UOL Tecnologia
Angus McGyver, popular personagem da série oitentista “Profissão Perigo”, era amigo inseparável de um canivete suíço. Com a traquitana - que reunia, entre outros itens, mini-serrote, pinça, saca-rolha, palito de dente, lixa, lima, faca -, e mais um punhado de cacarecos que tivesse à mão, se livrava das situações mais cabeludas. Houvesse sobrevivido à popularização dos dispositivos móveis, McGyver certamente teria um segundo melhor amigo: um celular do tipo “tudo em um”, como os modelos que foram testados pelo UOL Tecnologia para esta reportagem.
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Tal qual canivetes suíços, atualmente, há no mercado smartphones (mezzo celulares, mezzo computadores de mão) que, além de fazer ligações e oferecer acesso fácil à internet, reúnem rádio AM/FM, GPS, MP3 player, gravador de voz, Bluetooth, Wi-Fi. Itens como cliente de e-mail, processadores de planilha, editores de texto e de imagem e visualizador de PDF também já saem de fábrica embarcados em muitos desses aparelhos.
Grandes fabricantes têm poucos modelos que podem ser considerados autênticos canivetes suíços (nesse quesito, o mercado “alternativo”, e seus MP19, ganha disparado). Depois de uma seleção prévia - que envolveu basicamente o quesito número de funções de cada aparelho - realizada entre dezenas de smartphones das maiores companhias fabricantes que atuam no Brasil, o UOL Tecnologia avaliou, a fundo e por mais de 30 dias, três celulares tudo em um.
Os finalistas do prêmio “segundo melhor amigo do McGyver” foram o superestimado Nokia N97, perfeito em quesitos multimídia, mas com tela touchscreen que deixa a desejar, o lento Samsung Omnia II, que tem tela de excelente resolução e bateria de longuíssima duração, e o Motorola Milestone, que prima pelo Android 2.0 embarcado e o ótimo sistema de busca, mas peca na aparência.
Nesta reportagem, você confere os detalhes de cada um dos smartphones avaliados.
O Milestone, por exemplo, é ruim de carregar e incomoda quando está dentro de qualquer bolso (calça, camisa, pochete, caso alguém ainda as use). Quadrado, grande, o “tudo em um” da Motorola não prima pela beleza ou design geral - é mais feio e pesado que os concorrentes. Entretanto, uma vez em uso, ele faz esquecer os problemas estéticos. Então percebe-se que há em mãos um celular poderoso, com teclado confortável e um sistema Android embarcado que permite ao usuário ter acesso a centenas de programas e possibilidades (leia aqui a análise completa).
O Nokia N97 é um celular excelente (clique aqui para mais detalhes). Mais rápido e completo que o Samsung Omnia II e o Motorola Milestone, o smartphone reúne com competência itens como câmera fotográfica, caixas que ecoam som de gente grande, pacote de aplicativos fácil de usar e tocador de música intuitivo. Wi-Fi, conexão 3G e GPS também estão embarcados nele. O lado negativo é o tempo escasso de duração da bateria: com o equipamento funcionando em ligações, o telefone “morre” em pouco mais de 6 horas.
Já o Samsung Omnia II apresenta formato de lentidão nas respostas - ele demora bem mais a responder aos comandos do usuário do que o Nokia N97 e o Motorola Milestone. Em contrapartida, tem belo design, sua bateria é estendida - mais de 10 horas, em ligação - e tem uma tela com resolução superior aos outros smartphones avaliados (clique aqui para ler mais).