UOL Notícias Tecnologia

05/05/2011 - 10h53 / Atualizada 12/08/2011 - 16h47

Grupo hacker Anonymous nega participação em ataque à rede da Sony

Da Redação*
  • Garoto escolhe jogos em prateleiras com títulos para Playstation; Apesar de a Sony culpar o Anonymous pelo ataque, grupo publicou carta refutando a intenção de roubar informações

    Garoto escolhe jogos em prateleiras com títulos para Playstation; Apesar de a Sony culpar o Anonymous pelo ataque, grupo publicou carta refutando a intenção de roubar informações

O grupo hacker ciberativsita Anonymous negou ter participado de ataque à PSN (Playstation Network), rede utilizada por jogadores do videogame da Sony, e à loja online de jogos.  A informação foi divulgada por meio de uma carta online divulgada na madrugada desta quarta-feira (4). A Sony mantém a rede desligada há quase duas semanas em função de um ataque hacker que roubou informações de milhares de usuários. As informações são da versão online do jornal britânico "The Guardian"

Na carta, o grupo Anonymous, que ficou conhecido pelos ataques de negação de serviço a companhias que de alguma forma prejudicaram o Wikileaks no ano passado, ressaltou que o objetivo deles é meramente político.

“O Anonymous não é conhecido pela prática de roubo de informações de cartão de crédito ou  teve envolvido neste tipo de ação. Pelo contrário, muitos de nossos adversários empresariais e governamentais são conhecidos por mentir ao público sobre suas próprias atividades e de falar mentiras sobre nós”, diz um trecho da carta.

A Sony ligou o grupo Anonymous aos ataques à rede de jogos da empresa, pois em um dos arquivos encontrados pela empresa de segurança contratada pela companhia japonesa havia o lema dos Anonymous: “We are Legion” (Nós somos a legião, em tradução livre).

“Quem roubou as informações de cartão de crédito [da rede da Sony] fez de forma contrária ao nosso ‘modus operandi’ e às nossas intenções. O apoio público não vem com o roubo de informações de cartão de crédito ou de informações pessoais. Nós estamos tentando lutar contra atividades criminosas de companhias e corporações.”

Segundo o “The Guardian”, outro possível motivo para o ataque do Anonymous a Sony é a tentativa da empresa de processar o hacker George Hotz. Hotz ficou conhecido na rede por dizer que sabia quebrar o código de segurança do Playstation 3, fazendo com que fosse possível rodar qualquer jogo, mesmo pirata, no console da empresa.

Mesmo assim, o grupo hacker refuta qualquer tipo de envolvimento com o ocorrido. “Se uma investigação legítima e honesta for feita, o grupo Anonymous não será considerado culpado. Por mais que sejamos um grupo descentralizado, nossas ‘lideranças’ não  aceitam o roubo de cartões de crédito. Nós estamos preocupado com o fim da privacidade, a propagação do feudalismo corporativo, o abuso de poder e as justificativas de líderes que se acham imunes pelas más ações que realizam em nome de empresas ou cargos públicos.”

Entenda o caso

Cibercriminosos atacaram a rede online de jogadores de PlayStation, que ficou fora do ar no último dia 21 de abril. A loja online permite a usuários comprar e ter acesso a jogos em seus videogames PlayStation. A empresa disse que as informações sobre contas de usuários da PlayStation Network e de seu serviço Qriocity ficaram comprometidas entre 17 e 19 de abril.

A Sony admitiu o ataque apenas nesta terça (26), informando que pessoas tiveram acesso a endereços, e-mails, datas de nascimento, nomes de usuários, senhas, logins, perguntas de segurança e outros itens. Crianças com contas criadas por seus pais também tiveram dados expostos, afirmou a empresa.

Embora a empresa tenha afirmado que não há evidências de que números de cartões de crédito tenham sido roubados, cibercriminosos já publicaram ofertas no “mercado negro” online de pacotes com esses dados, segundo informa o site de tecnologia “CNET” nesta sexta (29). Entretanto, o site afirma que não há como comprovar a autenticidade desses dados. Ainda segundo a Sony, esses dados de cartões estariam "encriptados", ou seja, codificados para que não possam ser utilizados.

De acordo com a revista "Forbes", dados do instituto de pesquisa The Ponemon estimam que os prejuízos causados pela "invasão externa" são superiores a US$ 24 bilhões.

A rede, que foi desativada pela própria empresa para que a brecha de segurança fosse corrigida, tem previsão para ser reativada no dia 4 de maio -- mas o prazo pode ser postergado.

Veja mais

Últimas Notícias

Hospedagem: UOL Host