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27/06/2011 - 16h11 / Atualizada 12/08/2011 - 16h36

Hackers brasileiros organizam passeata via Twitter e Facebook

Do UOL Notícias
Em Brasília

Um grupo hacker associado aos recentes incidentes com sites do governo brasileiro anunciou nesta segunda-feira (27) via Twitter apoio a uma manifestação anticorrupção. Por meio do usuário @BrasilAnonymous – que seria um braço do Anonymous internacional – foi postado link no microblog para uma página do Facebook com data e hora da manifestação. Até as 15h30 desta segunda quase mil pessoas haviam clicado na opção de confirmar presença no evento.

Com o nome “Manifesto contra a corrupção no Brasil”, o evento deve ocorrer em Sete de Setembro – Dia da Independência. Além da página no Facebook, foi criado o blog Brasil Corrupção sobre a manifestação.

Desde sexta-feira (25) foram postadas seis mensagens no blog do protesto. Uma apresenta notícia sobre estudo da ONG Transparência Brasil segundo o qual os congressistas brasileiros são os mais caros do mundo. Outras mensagens falam sobre a passeata em si, indicando, por exemplo, os trajetos que devem ser cumpridos em cada capital do país.

Ataques a sites do governo

Na última quarta-feira (22), uma onda de ataques de hackers a sites da administração pública foi iniciada, prejudicando o acesso às páginas. No sábado (25) à noite, quando o braço internacional do grupo Lulzsec anunciou o fim de suas atividades, depois de 50 dias de ataques a empresas e governos, as ações contra sites brasileiros ainda continuaram.

No Brasil, os grupos que utilizam o nome Lulzsec para organizar ataques virtuais não mencionaram o anúncio da “matriz” e ainda passaram a brigar via Twitter pelo direito de ser o LulzSec brasileiro.

Entre os sites que apresentaram problemas que foram relacionados a ações de hackers estão os da Presidência da República, do Senado, da Receita Federal, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e dos Ministérios dos Esportes, do Meio Ambiente e da Cultura.

Até cinco anos de prisão

Os autores dos ataques a sites podem pegar até cinco anos de prisão, segundo prevê o Código Penal. Eles podem ser enquadrados em dois tipos de crimes. O primeiro é de atentado contra a segurança de serviço público. Neste caso, há o entendimento que sites ligados a órgãos governamentais são de utilidade pública e precisam estar disponíveis. A pena desta infração varia de um a cinco anos de prisão. O período de reclusão é definido em juízo conforme a gravidade do ato.

O segundo seria o crime de dano, mais especificamente por inutilizar ou deteriorar a coisa alheia – no caso, por terem deixado um site inoperante ou alterado. A pena prevista para essa infração é de seis meses a três anos.

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