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20/10/2006 - 07h00

Celular com MP3 disputa espaço com players digitais; veja teste

DANIEL PINHEIRO

Da Redação
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Depois de dominar o computador e a Internet, a música digital agora está chegando aos telefones celulares. O UOL Tecnologia testou oito aparelhos para descobrir se você já pode economizar espaço na bolsa (e no bolso) e substituir o toca-MP3 por um telefone com player digital.

Alguns deles já encaram a tarefa de reunir as duas facilidades em um só aparelho, como o Nokia N91 e o Sony Ericsson W810i Walkman, concebidos com ênfase na reprodução de MP3. Mesmo assim, os telefones ainda têm que evoluir bastante se querem conquistar o lugar dos toca-MP3 —mesmo os que são mais fáceis de manipular ainda mostram algumas dificuldades e impedimentos quando você quer escutar suas músicas favoritas (veja tabela comparativa).

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O primeiro passo do teste foi carregar as músicas nos aparelhos. E talvez essa seja a tarefa mais complicada que você vai encontrar pela frente.

Esqueça o infravermelho e o Bluetooth —apesar de presentes em quase todos os aparelhos, esses modos de transferência são pouco corriqueiros em computadores pessoais. A maneira mais utilizada para transferir MP3 para seu celular com um cabo USB. Mas para usar esta porta, é preciso um cabo que conecte o telefone ao computador. Fosse só isso, e seria como descarregar fotos de uma câmera digital. Mas na maioria dos casos também é necessário instalar um programa que gerencia a conexão entre PC e telefone.

Dos oito telefones testados, apenas o Nokia 6111 não veio com o cabo USB. Em relação aos programas de gerenciamento —que também servem para baixar aplicativos, imagens e sincronizar agenda—, somente o BenQ-Siemens E61 e os dois modelos da Gradiente, o GF-500 e o GF-950, não precisaram deles e fazem a conexão direta com o PC, como se fossem um drive externo.

Isso é uma grande facilidade para o usuário. Basta clicar e arrastar músicas com o gerenciador de arquivos do próprio computador para transferir as músicas de seu disco para o celular. Além disso, a conexão direta também deixa a transferência de arquivos mais rápida. Nos testes, uma música de 7,5 MB levou 10,5 segundos para ser transferida para o BenQ-Siemens E61 por meio do Windows Explorer e 4 minutos e 47 segundos para chegar ao Samsung D820 com o programa PC Studio.

Qualidade de som
Com a música já no aparelho, passamos à qualidade de som. De primeira, os celulares já apresentam uma vantagem em relação aos toca-MP3 —a possibilidade de ouvir a música sem fones, por pequenas caixas de som embutidas nos aparelhos. Mas essas caixas são muito pequenas, e na maioria dos aparelhos o som é muito baixo, agudo demais, "rachado" e com pouca definição. Parecem aqueles radinhos de pilha baratos de camelô.

Alguns aparelhos, no entanto, merecem destaque. O primeiro deles é o E61, da BenQ-Siemens. Em seguida aparecem Samsung D820, Sony Ericsson W810i Walkman e os Gradiente GF-500 e GF-950. Nesse telefones o som é mais "cheio", tem mais definição e, mesmo que não pareça aquele home theater turbinado da casa do tio rico, quebra um galho para "sonorizar" o ambiente.

Já os outros aparelhos não tiveram a mesma qualidade de som. O Nokia N91, telefone com mais vocação para tocador de MP3 player do teste, peca no baixo volume. O Samsung A915 é exatamente o contrário —muito volume e pouca definição. O Nokia 6111, nesse ponto, é o mais fraco de todos, com um som fraco, baixo e sem muita definição.

Quando o som passa pelos fones de ouvido, a qualidade de iguala. O usuário pode ajustar com mais fidelidade suas preferências no equalizador, recurso presente em todos os aparelhos testados. Quanto ao fone em si, apenas os Nokia N91 e 6111 aceitam fones com conector universal —todos os outros usam fones específicos com conector próprio, o que prejudica a substituição ou uso de fones com o som mais encorpado.

A facilidade para acessar as músicas também diferencia os aparelhos. O Nokia N91 e o BenQ-Siemens E61 merecem destaque —eles trazem um pequeno teclado lateral com as principais funções de reprodução de música, com acesso direto ao aplicativo musical. O Sony Ericsson W810i também facilita o acesso às músicas com o botão Walkman, que aciona diretamente o modo de toca MP3. Nos outros aparelhos, é preciso navegar pelos menus para chegar ao tocador de músicas.

Espaço para músicas
Quanto ao espaço para o armazenamento de músicas, condição importante para um tocador de MP3, o campeão é o Nokia N91, com seus 4 GB de memória interna, capazes de guardar pouco mais de mil músicas MP3 de quatro minutos gravadas a uma taxa de 128 kbps.

Dos outros aparelhos, os que têm uma capacidade um pouco maior são Sony Ericsson W810i, que vem com um memory stick de 512 MB, e o BenQ-Siemens E61, com um cartão mini SD de 256 MB, expansível até 1 GB. Ponto negativo para o Nokia 6111, que tem apenas 19 MB de memória interna e não permite expansão.

E como você também escolhe o celular pela aparência, aqui vão alguns pontos positivos e negativos de cada um dos modelos: o Nokia N91 chama atenção pelo acabamento prateado e brilhante, mas é um telefone pesado e um pouco grande, que chega a lembrar os primeiros modelos "tijolões" de celular.

Entre os sliders, o Nokia 6111 é compacto e com formas arredondadas, mas é o mais espesso entre os modelos da categoria. Visor grande e de boa resolução é a marca do Samsung D820, mas ele é o maior entre os telefones com elemento deslizante. Já o Gradiente GF-950 forma um conjunto elegante com o tamanho equilibrado e a cor preta, mas também é bem espesso. O Samsung A915 é o único modelo testado que possui flip, mas fica para trás no acabamento em preto e cinza fosco, que não empolga muito.

A categoria "sem flip e sem slider" tem três aparelhos: o Gradiente GF-500 se destaca pela forma, do tamanho de um cartão de crédito, e espessura um pouco maior que uma calculadora de mão. Mas as pequenas proporções também dão uma impressão de fragilidade e podem irritar quem tem mão grande. O BenQ-Siemens E61 e o Sony Ericsson W810i Walkman têm os mesmos defeitos e virtudes —desenho agradável, em que domina o preto com alguns toques de laranja, mas espessura um pouco além da média dos concorrentes.

Em tempo: a reportagem procurou a LG para testar modelos com recurso de música digital, mas a assessoria da empresa não possuía aparelhos disponíveis.

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