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27/02/2009 - 07h00

Portabilidade numérica chega a São Paulo e a outros 4 DDDs nesta segunda

Da Redação
A partir da próxima segunda-feira (02/03), usuários de telefonia da cidade de São Paulo e outros 63 municípios atendidos pelo DDD 11 poderão mudar de operadora fixa ou móvel sem perder seu número de telefone.

A portabilidade numérica, como é conhecido o serviço, também chega a outras quatro áreas de registro —91 (Pará), 53 (Rio Grande do Sul), 64 (Goiás) e 66 (Mato Grosso), completando o processo no país. Ao todo, são 362 municípios e 37,8 milhões de assinantes.

O número de beneficiários dessas regiões é o maior desde a implementação no Brasil, com 15,9% dos usuários de telefonia.

Tire suas dúvidas sobre portabilidade numérica no Brasil

A migração para outra operadora é relativamente simples e não tem custo para o usuário. Basta se dirigir a nova prestadora e solicitar o serviço, que deve ser feito em um prazo máximo de 5 dias. No entanto, é preciso ficar atento a algumas regras:

A troca de operadora só é permitida entre empresas do mesmo ramo, ou seja, fixo/fixo e móvel/móvel. Não adianta, por exemplo, querer migrar para a Telefônica (fixa) com o número que você usa na Claro (móvel).

Na telefonia fixa, a portabilidade só acontecerá em uma mesma área local. Ou seja, só será possível trocar de operadora na mesma cidade ou localidade com continuidade urbana —mudar para outro Estado e levar o número junto, por exemplo, será impossível.

Já na telefonia móvel, a portabilidade só pode ser feita em uma mesma área de registro (DDD).

Segundo a ABRTelecom, empresa responsável pela implementação do serviço no país, é importante informar à operadora que receber o pedido, seu nome completo, RG, endereço, número de telefone e prestadora de onde está saindo. Saiba em que casos você pode trocar de operadora.

Também não se esqueça de anotar o número de protocolo da solicitação da portabilidade para que você possa acompanhar o processo de transferência.

Migração ainda é pequena

Cinco meses após o processo de implementação da portabilidade numérica começar no Brasil, menos de 290 mil pessoas trocaram de operadora.

Para se ter uma idéia, o número de usuários que solicitaram a troca de prestadora até o dia 16/02 (data do último balanço) foi de aproximadamente 0,2% dentre aqueles que já poderiam optar pela portabilidade nessa data —o que corresponde a 79,6% dos brasileiros que possuem telefone fixo ou móvel.

Na Europa, por exemplo, o índice de usuários que utilizam o benefício de mudar de operadora mantendo o número não passa de 1% ao ano. A média, segundo pesquisas, é de 5%. De acordo com especialistas, esse índice aumenta em nações onde a porcentagem de clientes pós-pago é maior. Mas a regra não é seguida à risca.

Saiba mais sobre a portabilidade no mundo

A explicação para esse aumento está na receita média mensal por usuário (Arpu, em inglês): clientes pós-pagos gastam mais do que pré-pagos. Assim, trazer um usuário desse tipo para a operadora é muito mais vantajoso do que alguém que costuma colocar créditos a cada três meses.

O Arpu médio das operadoras brasileiras é de R$ 27,1 e 80,5% dos usuários são de planos pré-pagos. Nos Estados Unidos, onde a receita média é de US$ 49,79 (R$ 116, aproximadamente) para um mercado de mais ou menos 80% de usuários pós-pagos, a taxa de migração é de 9%.

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