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25/08/2009 - 17h53

Internet banda larga pela rede elétrica já pode ser vendida no país

Da Redação*
As distribuidoras de energia elétrica já podem usar sua rede para transmitir internet banda larga. Nesta terça-feira (25), a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou a regulamentação do PLC (Power Line Communications), que também permite fornecer sinal de TV por assinatura direto da tomada de sua casa. O processo legal para que o serviço seja oferecido deve levar cerca de 5 meses.

Saiba mais sobre internet via rede elétrica

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) já havia homologado em abril a tecnologia que permite o tráfego de voz, dados e imagens pela rede elétrica. Conhecida como PLC, a nova forma de acesso à web já existe há cerca de dez anos e é vendida na Europa a uma velocidade de 4,5 Mbps -que deve chegar a 14 Mbps até o final do ano.

Entre as condições para a utilização da infra-estrutura da rede está a garantia da qualidade do fornecimento de energia elétrica para os consumidores e, se houver necessidade de investimento na rede, o custo será de responsabilidade da empresa de telecomunicações.

As concessionárias de energia não podem fornecer o acesso à internet diretamente. Por isso devem disponibilizar sua rede para operadoras ou criar subsidiárias. A AES Eletropaulo já divulgou que não pretende vender o PLC diretamente para o consumidor final, devendo fazer uma parceria com as operadoras de telecomunicações para atender ao novo serviço, como Telefonica, TIM, Vivo, Oi e Claro.

A Aneel espera que as tarifas de energia caiam graças à "receita obtida com o aluguel dos fios".

Como é a internet por rede elétrica

A principal vantagem dessa tecnologia, segundo os especialistas, é que fornecerá acesso à web pela tomada -assim aproveita uma estrutura já existente para chegar a regiões onde outras alternativas de acesso rápido ainda não estão disponíveis. Com o PLC, a tomada elétrica vira o ponto principal de comunicação da residência ou da empresa. Mas, na prática, o que muda para o usuário?

Segundo o engenheiro eletrônico Almir Meira, professor da FIAP e Faculdade Módulo, para ter acesso à tecnologia, o usuário deverá contratar o serviço da operadora credenciada para comercializá-lo e adquirir um modem compatível com a tomada elétrica. O aparelho também pode ter uma antena para transmitir o sinal por Wi-Fi.

Os preços e velocidade do acesso à internet via rede elétrica ainda não estão definidos, mas acredita-se que a conexão será mais barata do que a banda larga. Testes já realizados no país mostram que a conexão pode chegar a 21 (Mbps) megabits por segundo, mas essa velocidade não será, necessariamente, repassada em sua totalidade para os clientes.

A Anatel ressalta que a conta de energia continuará separada porque se trata da mesma estrutura, mas usada para fins diferentes.

Arte/UOL

*Atualiazada às 22h45

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