UOL Notícias Tecnologia

27/05/2010 - 17h38 / Atualizada 28/05/2010 - 11h43

Ordem judicial nos EUA impede que Google apague dados coletados pelo Street View

Da Redação*

Um juiz do Estado de Oregon, EUA, emitiu uma ordem de restrição nesta quinta (27) proibindo que o Google apague dados que foram coletados acidentalmente pela empresa pelos carros do serviço Street View.

O Google anunciou que pretendia consultar agências de privacidade e governos sobre a melhor maneira para se desfazer dos dados coletados acidentalmente de redes Wi-Fi pelos carros do Street View, enquanto armazenavam imagens das ruas americanas.

Moradores de Oregon e Washington entraram com uma ação pública, acusando o Google de invasão de privacidade. Eles requisitaram a ordem de restrição à corte americana para que os dados coletados pelo Street View pudessem ser usados como prova.

O Google terá ainda de duplicar os dados e entregar uma cópia à corte federal no Oregon.

Entenda a polêmica

O Google anunciou no dia 14 deste mês que sua frota de carros, responsável por tirar fotos ao redor do mundo para o serviço Google Street View, ao longo dos anos acidentalmente coletou também informações pessoais enviadas por redes WiFi – o que, segundo especialistas em segurança na Web, pode incluir e-mails e senhas.

Os países afetados pela coleta “acidental” de dados privados são Brasil, Estados Unidos, Alemanha, França e China. O Google afirmou que iria conversar com reguladores nos países afetados sobre a melhor forma de se desfazer dessas informações, que a empresa afirma nunca ter utilizado.

No dia 18, o comissário de proteção de dados da Alemanha, Peter Schaar, afirmou que a explicação da empresa era "muito estranha" e pediu uma "investigação detalhada" sobre a prática, segundo informou o jornal. "Uma das maiores empresas do mundo, líder de mercado na Internet, simplesmente ignorou as regras normais", disse Schaar ao jornal Financial Times.

Além da Alemanha, a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos afirmou que poderá abrir um inquérito sobre o ocorrido. Outros países que se pronunciaram sobre o caso foram a Itália e o Reino Unido.

*Com informações do Business Insider e agências internacionais

Últimas Notícias

Hospedagem: UOL Host