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15/12/2010 - 19h47 / Atualizada 04/04/2011 - 10h34

"Não penso em mim como uma pessoa de negócios", diz Mark Zuckerberg

Da Redação
  • Capa da revista Time traz Mark Zuckerberg, eleito personalidade do ano de 2010

    Capa da revista Time traz Mark Zuckerberg, eleito personalidade do ano de 2010

Em entrevista à revista "Time" após ser escolhido como a personalidade do ano, Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, disse não pensar em si mesmo como um "homem de negócios". O jovem de 26 anos criou a rede social de maior popularidade no mundo, atualmente com mais de 500 milhões de usuários, cujo valor de mercado é estimado em US$ 35 bilhões.

Em entrevista ao editor-administrativo da revista, Richard Stengel, Zuckerberg falou sobre como a rede social vem mudando a maneira de as pessoas manterem contato, a questão da privacidade na internet e ainda falou a respeito do caso Wikileaks.

Ao evitar o rótulo de “homem de negócios”, o jovem explicou que a internet é incrível justamente por dar chance àqueles que criam algo bom e útil. “Isso pode se espalhar rapidamente e, se você cria valor para as pessoas, pode imaginar que é parte desse valor”, declarou.

Para o fundador do Facebook, a missão primordial da rede sempre foi ajudar a conectar as pessoas – não necessariamente desconhecidas. “Talvez você não esteja perto da sua família ou dos seus amigos agora, mas quer manter contato. Acho que o Facebook é uma ferramenta que faz isso de uma maneira melhor do que a que utilizávamos antes”, disse. Perguntado se a rede social está mudando a definição do que é uma amizade, Zuckerberg discordou, explicando que o Facebook não acaba com as outras interações que as pessoas têm na vida. “Ele só expande a sua esfera de amizades e torna a vida das pessoas um pouco mais rica”.

Outro ponto abordado por Stengel foi o da mudança do senso de privacidade ao longo das gerações e da contribuição do Facebook para que isso acontecesse. “Se a pessoa tem controle do que pode compartilhar – por exemplo, um álbum de fotos de uma viagem com minha família que alguns dos meus amigos possam ver –  isso pode ser uma experiência muito gratificante, você pode usar isso para manter contato com eles. É algo poderoso quando você pensa sobre isso [privacidade] e usa corretamente”, afirmou.

Sobre o assunto do momento, o caso Wikileakes, Zuckerberg vê pontos em comum entre os dois sites. "Assim como o Wikileakes, o Facebook tenta fazer com que as pessoas entendam o que está acontecendo com quem está ao seu redor". Disse considerar a história do site “fascinante”, mas evitou opinar sobre o caso. “Pela cobertura que acompanhei não considero que tenho informações para comentar isso. Mas acho fascinante, principalmente como as instituições e países estão reagindo ao caso”, esquivou-se.

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