O nome pode parecer complicado. Mas a tecnologia RFID, ou identificação por rádiofrequência, já faz parte do dia-a-dia de milhares de brasileiros.
Utilizada em etiquetas eletrônicas, elas funcionam no "Sem Parar", sistema eletrônico de pagamento de pedágios, e também devem ser utilizadas nos chips veiculares que a prefeitura de São Paulo pretende instalar nos carros (
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O bilhete único, utilizado como meio de pagamento no transporte público de São Paulo, já utiliza esta tecnologia. Nova York vai começar a testar um sistema semelhante no metrô neste ano, e o metrô de Moscou possui cartões com RFID desde 1998. A tecnologia também é utilizada para administrar grandes estoques em redes de supermercados ou bibliotecas, e nas chaves de carros com imobilizador eletrônico.
O funcionamento da tecnologia é simples. Uma central emite sinais de um determinado alcance, lê informações dos chips RFID que encontra em produtos em um estoque, por exemplo. Em seguida, ela reúne esses dados em um sistema que pode, por exemplo, controlar entrada e saída de produtos, debitar a passagem de ônibus ou adicionar um drink à sua comanda virtual.
Até seres humanos já implantaram chips RFID, como
Kevin Warwick, professor britânico que tem por projeto tornar-se um ciborgue. Algumas casas noturnas de Barcelona (Espanha) e Rotterdam (Holanda) também fazem implantes em seus clientes VIP, que utilizam o chip no lugar de comandas de consumo.
A grande polêmica em torno da tecnologia RFID está na capacidade que governos e companhias podem ter em rastrear informações pessoais. No site
www.spychips.com, por exemplo, Katherine Albrecht e Liz McIntyre, ativistas da privacidade do consumidor, fazem campanha contra o uso de chips e relacionam empresas e produtos que utilizam RFID.