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29/06/2007 - 17h30

Após seis meses de espera, iPhone chega às lojas dos EUA

Da Redação
O telefone celular iPhone, da Apple, chegou às lojas nos Estados Unidos às 18h (19h no horário de Brasília) da sexta-feira (29), quase seis meses após Steve Jobs apresentá-lo para o mundo na exposição MacWorld, em janeiro último.

O produto, que combina celular, browser de Internet e player de mídia é a aposta da Apple para deixar de seu uma marca cultuada por nichos profissionais como publicitários e designers para estabelecer-se de fato como potência no setor de bens de consumo eletrônicos, posição que ensaia assumir desde que lançou o player de mídia digital iPod, praticamente sinônimo de toca-MP3 no mundo todo.

O gadget é uma aposta do co-fundador e presidente-executivo da Apple, Steve Jobs. O iPhone será um teste para sua reputação como líder de tendências tecnológicas. E seu desafio não é pequeno: provar que o iPhone pode fazer pela telefonia celular o que o iPod fez pela música digital -unificar um mercado fraturado e confuso por meio de um produto elegante e simples de usar.

"Eles querem ampliar o domínio que têm em termos de sua capacidade de criar integração realmente elegante entre hardware e software", disse Mark McGuire, analista do grupo de pesquisa Gartner. "Para eles, esse será o novo grande negócio", acrescentou.

Ansiedade

A antecipação quanto ao novo celular atingiu níveis que costumam ser reservados ao lançamento de novos discos de superastros do rock ou de novos consoles de videogame.

Os clientes estão há dias acampados diante das lojas Apple, os grandes jornais do mundo todo vêm ocupando suas primeiras páginas com artigos sobre o iPhone, e qualquer migalha de informação merece divulgação em uma galáxia de blogs de entusiastas por tecnologia.

"Quero ser a primeira pessoa a brincar com ele", disse Jose Sanchez, 22, funcionário de uma loja de sapatos que estava na fila diante da loja da Apple na 5ª Avenida, em Nova York.

O aparelho terá duas versões, com preços de US$ 500 (com capacidade de armazenamento de 4 GB) e US$ 600 (versão de 8 GB), e obriga o usuário a assinar um contrato de serviço de dois anos com a operadora de telefonia móvel norte-americana AT&T, com planos de voz e dados com tarifas que vão de US$ 60 a US$ 100. Não há previsão de lançamento do iPhone para o mercado brasileiro.

Poucos tocaram

Após ter sido visto e tocado por poucos jornalistas durante a MacWorld de janeiro, a concessão de aparelhos para testes antes do lançamento oficial foi ainda mais rigorosa. Um dos únicos profissionais da imprensa a receber um iPhone paa avaliação foi David Pogue, colunista de tecnologia do jornal The New York Times.

Na resenha que fez do aparelho, Pogue diz que o aparelho faz jus à atenção que recebeu -o gadget foi tema de mais de 11 mil reportagens impressas nos últimos seis meses. "O iPhone é revolucionário; e tem defeitos. É substância, é estilo. Faz coisas que nenhum telefone jamais fez; e não tem algumas características encontradas nos telefones mais básicos", afirma o colunista norte americano em seu artigo. "Grande parte da sensação e algumas críticas se justificam."

O tom de Pogue -entusiasmado, mas com ressalvas- fica explícito quando ele fala dos defeitos do incensado telefone celular da Apple. "Então, sim, o iPhone é incrível. Mas não, não é perfeito. Não tem 'slot' para cartão de memória, nem programa de bate-papo, nem ligação por voz. Você só pode instalar novos programas da Apple; outras companhias podem criar miniprogramas feitos especialmente para o iPhone na Web. O navegador não suporta Java nem Flash, o que o priva de milhões de vídeos da Web.

Com agências internacionais

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