"No começo, diziam que os celulares eram parecidos com canivetes suíços. Mas hoje eles superaram, e muito, as poucas funcionalidades do canivete". Essas são palavras de Fiori Mangone, diretor de vendas e serviços da Nokia, para tentar explicar as inúmeras funções de um celular.
Hoje as pessoas utilizam os smartphones não apenas para ligar, escutar músicas, navegar na web, manter agenda ou tirar fotos pela câmera. Os aparelhos já são testados como GPS ou para realizar transações financeiras.
Os celulares, com a integração da web, podem funcionar como verdadeiros guias de ruas, já que mapas estão disponíveis e se integram com o GPS embutido dos aparelhos.
Além disso, as
operações bancárias já são comuns em países da Europa, América do Norte e Ásia. Você pode, por exemplo, aproximar seu telefone de um dispositivo para andar de metrô ou fazer compras em shoppings.
No Brasil,
um piloto de projeto desenvolvido pela operadora de cartão de créditos Visa começou a ser testado e promete tais funções para o aparelho. A ideia é que a primeira fase termine no final do ano e a tecnologia de pagamentos sem contato já esteja no mercado em 2010.
Mas não é só GPS ou transações financeiras que incrementam o celular. Empresas já disponibilizam, inclusive para clientes brasileiros, aplicativos para
automação residencial usando o iPhone. Você pode controlar todos os aparelhos de sua casa à distância.
Além disso, o celular pode servir para o entretenimento, mas de uma forma avassaladora. O Nokia Comes With Music, por exemplo, oferece acesso ilimitado a um enorme banco de músicas. Tudo dentro das normas da lei.
Segundo dados fornecidos pela Nokia, já são mais de 5 milhões de músicas disponíveis. "A vantagem está na solução do conjunto. Queremos vender o celular, mas também compartilhar os serviços e firmar parcerias", afirmou Mangone.
Já no que diz respeito ao futuro, o aparelho ainda reserva inúmeras surpresas. É o caso da
Realidade Aumentada, que ganhou força em 2009. Em um futuro não muito distante, você pode, por exemplo, apontar a câmera para um edifício e obter todas as informações.
Em compras, por exemplo, um novo tipo de código de barras já está em teste. O
QRCode permite transformar os códigos 2D em objetos com informações detalhadas. Basta apontar a câmera do celular. Mas, Mangone crê que no futuro até o Qrcode será obsoleto, já que informações como a marca, logotipo e modelo estarão no banco de dados da rede.
O executivo não vê limites para a utilização dos smartphones. Mangone crê que os documentos e os cartões, ou seja, a própria carteira, estará integrada ao celular. "Será uma mistura de dois mundos. O real e o virtual. Mas eles vão ficar cada vez mais próximos".