Apesar das críticas de que a Cebit não mostra o mesmo brilho das edições passadas, algumas atrações do Pavilhão do Futuro dão fôlego à maior feira internacional de tecnologia.
Entre as novidadades, a que promete chegar mais rápidos aos usuários é a XML3D. A linguagem das imagens em três dimensões na internet ainda está em desenvolvimento, mas a grande variedade de aplicações deverá impulsioná-la nos próximos meses.
De acordo os desenvolvedores do Centro Alemão de Pesquisa em Inteligência Artificial, uma loja online poderia utilizar o 3D para vender uma roupa: os dados do comprador virariam um boneco virtual e a peça seria vista em 360º no corpo "virtual". Além da aplicação comercial, os modelos 3D do Centro ajudam a planejar cidades, criar moléculas e ambientes virtuais completos. O que impressiona é que a imagem não demora para ser carregada.
Sistema administra senhas
do usuário na Cebit 2010
Além da internet, as imagens em três dimensões foram parar no celular. Um aplicativo para iPhone do grupo de Análise de Dados e Visualização interativa, também da DFKI, pode ajudar engenheiros a fazer diagnósticos da estrutura de uma ponte sem ter de sequer estar no local da vistoria.
Ao inserir variáveis no sistema e dados estruturais, o sistema mostra um modelo em 3D no celular do técnico. "A mesma tecnologia é útil para a área médica, com modelos de corpos com toda a estrutura interna de ossos, músculos, órgãos e veias à vista", afirma o professor Jens Krüger, um dos chefes da pesquisa. A promessa é levar o aplicativo para outros sistemas, como Android e Windows Mobile, e dispositivos, como o iPad da Apple.
Cozinha controlada por gestos
Para quem se aventura na cozinha, a Cebit mostrou um controle interessante para quem tem que atender a um telefone no meio da receita (e com as mão sujas). Apenas movimentando os braços diante de uma tela, o usuário consegue escolher menus e praticamente controlar todo o ambiente.
O iPoint, como é chamado o sistema, serve para quaisquer ambientes que necessitem de "higiene", como por exemplo, uma sala de operação dentro de um hospital e restaurantes.
Seria então o fim daquelas marcas de dedos na tela do seu celular? Infelizmente, não: a novidade segundo o Heinrich Herr Institute não deve chegar aos aparelhos tão cedo. Isso porque para funcionar o sistema necessita de uma placa do tamanho de um teclado que fica no teto logo acima da tela. Raios infravermelhos saem dela e identificam o que é apontado.
Babá de senhas
Se você anda desconfiado de que alguém anda bisbilhotando seu smartphone, o MobileSitter pode dar uma mãozinha. A "babá de senhas" guarda todas elas (seja do login no celular, no banco pela internet, serviço de e-mails) atrás de uma senha única. Se alguém tentar acessá-los, o software automaticamente gera senhas falsas e —o mais legal —o "invasor" não tem a menor pista se o que foi digitado estava correto ou incorreto.
Outros destaques do Pavilhão do Futuro foram o sistema de reconhecimento de fala por músculos faciais, que transmite frases sem que a pessoa emita sons, e o de monitoramento do olhar, que permiteo controle total dos aplicativos do computador apenas com o movimento dos olhos.