Pavilhões lotados em Hanover, na Alemanha, com visitantes de todas as idades. Depois de cinco dias de evento na semana passada, a Cebit parece ter se recuperado da fraca exibição do ano passado e termina deixando satisfeitos os fãs de tecnologia. Mesmo assim, a fórmula em que se baseia a maior feira da área no mundo deve passar por mudanças em breve para dar novo fôlego ao evento.  

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Neste ano, o destaque ficou para o próximo nível das tecnologias 3D. Na Alemanha, as celebradas TVs 3D foram deixadas para trás e os visitantes puderam conhecer o funcionamento de imagens em três dimensões ao vivo na internet, no notebook, na câmera fotográfica e, até mesmo, sem a necessidade de usar óculos especiais.

Veja no álbum ao lado os principais destaques 

Outro destaque ficou para o controle de um computador apenas com o olhar e a tradução de palavras a partir de impulsos do músculo da face. São tecnologias que prometem melhorar o cotidiano de pessoas com necessidades especiais e, ao mesmo tempo, podem ter aplicações em áreas como comunicação, mídia e pesquisa.

A Cebit revelou ainda a batalha de sobrevivência das grandes fabricantes de computadores para lançar produtos "3 em 1" que façam frente ao iPad, tablet da Apple, e o Kindle, e-reader da Amazon. Além delas, outras empresas estão tentando surfar na onda dos leitores eletrônicos, o que tem gerado uma explosão de equipamentos genéricos.

Gagdets também não faltaram no evento, muitos deles alimentados por uma área destinada a empresas emergentes asiáticas. Teve desde USB em formato de pinguim, caixa de pizza que funciona como alto falante e até mesmo um e-reader très chic da Pierre Cardin. 

Além disso, a feira teve a tentativa do Google, em seu primeiro ano na Cebit, de fazer as pazes com o público alemão, que andava ressabiado com as imagens tiradas pelo serviço Street View. A ação marqueteira surtiu efeito, lotando o estande da gigante da internet, que deu pintura nova aos carros especiais que vão continuar circulando nas ruas alemãs.

Já na área de educação, houve a tentativa de mostrar como a tecnologia pode ajudar estudantes, transformando as salas de aulas em ambientes digitais e conectados com o mundo.

O que vem por aí

Em 2011, a Cebit promete se basear em quatro pilares que refletem a atual indústria de Tecnologia e Comunicações: Cebit Pro, Gov, Lab e Life (profissional, governo, laboratório e vida). Apesar da ''aparente'' divisão, as quatro áreas constituem um mesmo ciclo. "Os consumidores são, na verdade uma parte vital da criação de uma cadeia de valor no setor digital. Muitas inovações no domínio profissional são desencadeados por prosumers (pessoas que consumem produtos que na verdade são destinados a usuários avançados) e os consumidores que efetivamente servem como tendências e motores de inovação", ressalta Ernst Raue, diretor geral da Cebit. 

Para os brasileiros, vem aí uma novidade: a BITS Business IT South America. O evento traz a marca da Cebit e será realizado em Porto Alegre de 10 a 12 de Maio. A feira brasileira vai contar com um espaço que corresponde a apenas 10% da feira de Hanover, mas já é o pontapé inicial para reunir as principais tendências em tecnologia e comunicações na América do Sul
 

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