Os jogadores sabem que 512 MB de memória é pouco espaço para armazenar jogos. Além disso, um console que se preze deve rodar alguma música e reproduzir filmes — na falta de Blu-ray, serve até o formato DVD.
E, se o público sabe disso, a Nintendo também sabe. Mas a empresa resiste à implementação de algumas funcionalidades básicas em seu videogame. Em alguns casos, segundo defendem alguns analistas consultados pela reportagem, seriam mudanças até que simples de serem incluídas.
"A Nintendo enrola, mas sejamos francos: o drive do player já está lá. O hardware do Wii tem potencial para tocar DVDs", aponta Orlando Ortiz, da
NintendoWorld. "Adicionar uma função para reproduzir filmes é apenas uma questão de dar a ordem aos programadores e engenheiros da empresa, pois o Wii é atualizável via Internet."
Outra boa iniciativa da Nintendo seria variar a cor do Wii, vendido apenas no branco. Tons mais vivos fazem parte do dia-a-dia do mercado de eletrônicos e, até mesmo os fabricantes de PC, depois de muito resistirem, aderiram a um grande leque de cores para revestir seus equipamentos.
Por fim, uma questão técnica mais difícil de ser resolvida: o hardware. Fraco se comparado com a concorrência, funciona bem quando o assunto é navegar na Web. Mas vai pouco além disso. Se em pauta estivessem "jogos" de videogame, seria perceptível a fraqueza do Wii.
"Ele tem boa execução de jogos casuais e se apoia na novidade da detecção de movimentos para seduzir os consumidores", aponta Ortiz. "Mas ninguém sabe até quando isso será novidade. Eu mesmo aposto que não por muito tempo".
E ainda não há previsão para mudanças, de acordo com a Latamel, empresa que comercializa os produtos da Nintendo no Brasil.
