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17/08/2007 - 20h18

Conheça um pouco da história dos processadores

Marcelo Ayres

Para o UOL Tecnologia
Podemos dividir o desenvolvimento da computação em quatro gerações. A primeira geração de chips (1945-1959) era lenta, enorme, usava válvulas, quilômetros de fios e os equipamentos esquentavam muito, muito mesmo.

A segunda geração (1959-1964) introduz os transistores e as placas de circuitos impressos. Isso diminuiu o tamanho dos equipamentos deixando-os mais rápidos. Já a terceira geração (1964-1970) trouxe os circuitos integrados, que permitiram uma compactação muito grande dos elementos do computador e o processamento na ordem dos microsegundos.

A quarta geração (a partir de 1970) aperfeiçoou a tecnologia existente e iniciou uma miniaturização dos componentes. Afora, a velocidade de processamento de dados chegou aos nanosegundos. (bilionésima parte do segundo).

É nessa quarta geração que a Intel começou a mostrar sua força com a criação do primeiro microprocessador: o Intel 4004. Começa assim a indústria dos computadores pessoais.

Desde esse tempo os processadores impulsionaram o desenvolvimento dos PCs, trazendo nessa onda os outros componentes, como HDs, placa de vídeo, memória e ampliando a necessidade de novos sistemas operacionais e aplicações.

Quando chegamos a 1985, os processadores entram na era dos 32 bits com o Intel 80386. A partir desse ponto a evolução foi cada vez mais rápida. Lembrando a Lei de Moore (nome baseado no fundador da Intel, Gordon Moore), que diz que o número de transistores de um microprocessador é duplicado a cada 18 meses, a capacidade de processamento e a velocidade dos processadores começam a disparar.

O ano de 1989 marca o lançamento do Intel 80486 e, nesse mesmo ano, a fase da informatização das empresas entra em expansão. Com o Windows 3.1, em 1991, insere-se uma nova maneira de trabalho com os computadores pessoais. Nas empresas, as estações de trabalho passaram a fazer muitas operações que antes eram de responsabilidade dos grandes servidores.

Os novos editores de texto e planilhas eletrônicas e a evolução dos recursos multimídia trouxeram novos horizontes para as aplicações, exigindo mais processamento e memória dos equipamentos. O Intel 80486 era o processador da máquina-padrão para essa época.
Impulsionada pelas novas aplicações e recursos, a Intel lança em 1993 o Pentium, com incríveis 60 MHz.

O Pentium ganhou cada vez mais velocidade e capacidade de processamento, e nos próximos anos a Lei de Moore funcionou como nunca. Em 1995 chegou o Pentium Pro e em 1997 o Pentium MMX. O ano de 1998 marca a chegada do Pentium II seguido em 1999 do Pentium III até que em 2001 chega o Pentium 4. Com o Pentium 4 as aplicações começam a ser escritas com instruções específicas para tirar muito mais proveito do novo processador. Em parelelo, a fabricante de chips AMD avançava com seus processadores K5, de 1996, K7, de 1997, e Athlon, que conseguiu fazer frente ao Pentium e à hegemonia da Intel no mercado.

Em 2002 o aumento da força e o aquecimento resultante da aceleração dos processadores revelaram-se limitadores de performance dos equipamentos, levando-se em conta apenas o aumento de freqüências. Surge assim uma nova maneira de pensar em processamento, com o processador de núcleo duplo, que chega ao mercado em 2006.

Os chips de núcleo duplo, como a linha Core Duo da Intel e X2 da AMD, contam com dois núcleos ativos de processamento ao invés de um só, como acontece em chips convencionais, o que proporciona uma performance maior quando se utiliza vários programas simultaneamente.

Isso acontece porque os núcleos dividem as funções de controle e podem trabalhar com freqüências mais baixas, otimizando principalmente o acesso à memória do computador.

Já os chips de quatro núcleos aumentam ainda mais a produtividade, já que os processos de seu computador podem ser coordenados simultaneamente com a mesma performance.

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