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23/11/2007 - 07h03

Baterias e cabos: genéricos ou proprietários?

RAFAEL RIGUES | UOL Tecnologia
Outro fator que o usuário deve considerar na hora de comprar uma câmera digital é a sua fonte de alimentação. Alguns modelos usam pilhas AA (a popular "pilha pequena"), que tem como principal ponto positivo a praticidade: se as pilhas se esgotarem no meio da viagem, uma visita rápida a qualquer farmácia ou banca de jornais resolve o problema.

Pilhas AA recarregáveis ajudam a economizar dinheiro, e alguns modelos de alta capacidade, como as ENELOOP da Sanyo (disponíveis nos EUA, mas ainda não no Brasil) tem energia suficiente para centenas de fotos, vem pré-carregadas de fábrica e mantêm a carga intacta por meses a fio, sem perda de energia.

Entretanto, as baterias proprietárias também têm suas vantagens, principalmente para os fabricantes: podem ser produzidas no formato que for necessário, sem limitar as possibilidades de design da câmera (principalmente em modelos mais finos). Baterias proprietárias podem ter características elétricas sob medida, como voltagem e carga, o que simplifica o projeto.

Para o usuário, elas representam autonomia para mais fotos e economia no tempo de recarga: geralmente vêm acompanhadas de carregadores rápidos que deixam a bateria pronta para o uso em poucas horas. Entretanto, se você perder a bateria, o carregador ou quiser um sobressalente, prepare-se para gastar bem mais do que gastaria em pilhas recarregáveis e carregadores comuns. Todas as câmeras testadas pelo UOL Tecnologia nesse Guia de Produtos usam baterias próprias acompanhadas de seus respectivos carregadores.

Cabos também são outro ponto importante: praticamente todas as câmeras digitais modernas se conectam ao computador via USB. O problema é o conector na outra ponta do cabo. Se a câmera usa um cabo USB - Mini USB padrão, não há problema —se você quiser um segundo cabo, ou precisar substituir um que perdeu, basta entrar em qualquer loja de informática para encontrar um novo por cerca de R$ 20.

Mas se ela usa um cabo com conector próprio, você terá de procurar um modelo específico para sua câmera, geralmente mais caro (pense nos cabos de celular para ter uma idéia dos preços nada baixos). E, daqui a alguns anos, quando sua câmera já tiver saído de linha, arranjar um substituto para um cabo danificado ou extraviado pode se tornar um problema.

A Canon PowerShot SD1000 usa um cabo USB - Mini USB padrão para transferência de dados e um cabo com um plugue P2 (como os de fone de ouvido) e conectores RCA para ligação à TV. As outras três câmeras usam cabos proprietários. A Sony Cyber-shot DSC-T20 usa um cabo "multi-uso", ligado a um conector proprietário na câmera, que se divide em um conector USB para transferência de dados e conectores RCA para ligação à TV. É uma má idéia: se você perde o cabo, perdeu todos.

A empresa também oferece um cabo de alta definição, opcional, com conectores Video Componente para ligação a TVs de alta definição, como modelos de LCD ou Plasma. Panasonic Lumix TZ-3 e Olympus 790SW vêm com dois cabos —um USB para transferência de dados e outro para ligação à TV— ambos com conectores próprios.

Uma forma simples de resolver a questão dos cabos, pelo menos para transferência de dados, é comprar um leitor de cartões para o computador. Modelos multi-uso compatíveis com vários formatos podem ser encontrados facilmente no mercado a preços baixos: cerca de R$ 50. Eles são ligados a uma porta USB e os cartões são tratados pelo computador como se fossem um pendrive: para transferir as fotos, basta arrastar e soltar.

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