O som de um instrumento pode "entrar" de duas maneiras em um computador: como áudio ou como MIDI.
O áudio é a captação direta do som do instrumento por meio de um microfone ligado a uma interface no computador ou conectando diretamente o instrumento a uma interface e esta à porta USB do computador. Um software de gravação completa a linha de produção para se gravar os sons.
Outra maneira é utilizando o MIDI (sigla, em inglês, para "Musical Instrument Digital Interface" ou, em português, "Interface Digital para Instrumentos Musicais". O MIDI é um protocolo de comunicação que, na verdade, não envia sons ao computador.
"Ele transforma as notas tocadas nos instrumentos em informações digitais com a indicação da freqüência da nota, tempo de duração, intensidade e volume", diz o técnico de som André Andrade. "Depois, armazena estas informações para serem trabalhadas por um editor de músicas".
O protocolo MIDI também pode ser gerado a partir de teclados seqüenciadores. Eles são como teclados normais, só que em vez de enviarem sons, "tocam" as instruções MIDI para o computador. Andrade lembra que, atualmente, além dos teclados e guitarras, já existem até flautas e saxofones MIDI.
Sem saída digitalOs instrumentos acústicos que não possuem saídas digitais precisam ser captados por meio de microfones. Estas interfaces também permitem o uso de microfones profissionais, pois vêm equipadas com pré-amplificadores necessários para ampliar a captação destes modelos profissionais.
Nelson Alberti, executivo da distribuidora dos produtos M-Audio no Brasil, explica que estas interfaces mais básicas têm normalmente duas entradas. "Elas podem podem receber microfones ou instrumentos, como guitarras, baixos e teclados e duas saídas para as caixas de som".
O técnico Andrade ressalta que alguns destes produtos possuem o recurso Phanton, que é necessário para a alimentação de energia de microfones de alta captação, utilizados, por exemplo, para capturar sons de instrumentos de corda, como violinos e contrabaixos.
Já para gravar o som de uma bateria, por exemplo, é necessário ter vários microfones posicionados em diferentes pontos do instrumento. Andrade explica que para isso existem placas que trazem até 10 entradas, permitindo a conexão de 10 microfones e a sonorização de todos os recursos da bateria em canais separados.
Partituras digitaisO técnico de som lembra que quando se utiliza o protocolo MIDI para montar uma seqüência é possível utilizar um software como o Finale, que escreve a partitura com bases nas informações do envelope de informação gravado pelo MIDI.
Outra função do MIDI é permitir transportar os acordes montados em um instrumento para outros timbres. O timbre é o som do instrumento propriamente dito. Você pode falar do timbre do piano, do contrabaixo, de um cravo, violão assim por diante.
Assim um músico experiente pode gravar uma seqüência MIDI, utilizando o teclado na região de base, para depois transportar os dados e fazer os ajustes para serem tocados, por exemplo, em um baixo.
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e-MÚSICA: DA GUITARRA PARA O PC
