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14/05/2008 - 09h01

Barateamento da tecnologia permite multi-touch caseiro

CHARLES NISZ | Para o UOL Tecnologia
Enquanto o iPod e o iPhone popularizaram a interface multi-toque, o Microsoft Surface levou o conceito para uma tela maior ao custo de US$ 10 mil. Mas não são apenas as grandes que detêm a tecnologia para desenvolver produtos com telas sensíveis ao toque.

A empresa nova-iorquina Eyebeam desenvolveu o Cubit, uma pequena mesa parecida com o hardware criado pela Microsoft. A diferença está no fato de hardware e software serem open-source. Como resultado, houve um barateamento dos custos de produção.

A intenção dos criadores, Addie Wagenknecht e Stefan Hechenberg, era provar que qualquer um pode construir uma tela multi-toque usando componentes simples sem gastar muito. O custo de produção do Cubit varia entre US$ 500,00 a US$ 1.000,00.

O Cubit, assim como o Surface, utiliza uma webcam com filtro de infra-vermelho, uma superfície clara e um projetor de imagens. A Eybeam vende kits de hardware para a confecção de mesas multi-toque por geeks de plantão.

Comprando o "touchkit", você recebe uma tela com sensores infravermelhos, um manual de instruções para a câmera e um software (calibração, api, etc); basta, então, adicionar a câmera com o sensor de raios infra-vermelhos e o projetor. E o melhor, a mesa pode ser construída em casa.

A Lux TouchTable é um projeto com tecnologia similar à desenvolvida por Jeff Han na Prospective. A luz detectada pelas câmeras é projetada para dentro da tela a partir das laterais da interface. O feixe de luz infra-vermelha ruma para dentro da tela até ser dispersado pelo toque na interface.

No Brasil, também começam a surgir algumas iniciativas para desenvolver interfaces de multi-toque. A empresa Tangível, por exemplo desenvolve aplicativos para detectar cor, luz, forma e movimento.

O Bar Tangível, um dos aplicativos, faz um copo mudar de cor conforme a música ambiente, oferece informações sobre o drink no copo e detecta se o copo está vazio. Enquanto isso, os clientes podem ler o cardápio digital e obter outras informações e jogar na Internet.

Futuro

Projetos como esse são possíveis graças à queda dos custos e à união de pessoas para desenvolver "hacking" para hardware. Como resultado, mais gente colabora para desenvolver e melhorar as tecnologias, obtendo mais inovação.

Na opinião de especialistas, a tendência é a criação de interfaces para fazer uso de toques, gestos e voz. "É muito mais fácil e intuitivo usar três dedos para simular o gesto de virar uma página do que apertar uma tecla ou dar um clique", ilustra Fábio Ribeiro, engenheiro de sistemas da Apple.

Ou seja, a idéia é criar interfaces "transparentes": "realizar as tarefas no telefone ou no computador da mesma maneira que fazíamos off-line", afirma o engenheiro.
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