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29/07/2008 - 07h01

Os primeiros passos para quem quer se aventurar

BARBARA AXT | Para UOL Tecnologia
O 'faça você mesmo" é uma maneira de dar mais poder ao usuário, em vez de deixar todo o poder de decisão na mão dos fabricantes. Você pode criar alguma coisa para atender exatamente a sua necessidade, ou simplesmente reutilizar coisas que em outras circunstâncias jogaria fora.

É exatamente por aí que você deve começar. Para quem ainda não se sente muito seguro para começar no mundo do DIY, uma dica é começar a praticar com os aparelhos velhos ou quebrados, que iriam para o lixo de qualquer maneira.

É uma boa maneira de entender o funcionamento do mecanismo. E se depois de praticar você conseguir consertar o aparelho, ótimo. Se não conseguir, aquilo estava indo pro lixo de qualquer maneira, então, você não tem nenhum prejuízo.

É assim que a maioria dos hackers começa, e depois de sentir o gostinho de usar um aparelho construído por suas próprias mãos, eles não param mais.

DIY desde criança

O estudante de eletrônica Raul Zanardo, de 18 anos, de São Paulo, faz DIY desde criança, usando motores de carrinhos de brinquedo. Um dos seus primeiros projetos "de verdade" foi um amplificador feito com peças de ferro velho, quando tinha 16 anos. Ele costuma postar suas criações em seu blog.

"O projeto que eu tenho mais orgulho é um relógio binário. Depois de pesquisar muito o assunto encontrei um circuito simples de 24 horas. Fazer a adaptação para 12 horas custou muito trabalho e paciência, mas acabou dando certo" explica.

"O funcionamento do relógio é simples. Ele é formado por três contadores binários (hora, minuto e segundo) conectados a LEDs que quando estão ligados indicam o "1" e desligados "0". Por exemplo, se ele estiver marcando "0111, 100000, 010000" serão "07:32:16". No começo eu ficava um tempão olhando até conseguir ver que horas eram, mas com um pouco de prática fica fácil."

Veja outros relógios binários de pulso ou de mesa.

Atualmente ele está trabalhando em um interruptor para o seu quarto que funcione com a proximidade física e um amplificador valvulado.

A preguiça aliada à falta de conhecimentos de eletrônica leva muita gente a não se aventurar pelo mundo do DIY, segundo ele. "Quando a pessoa quer uma coisa que não existe à venda no Brasil, ela acaba comprando algo de qualidade inferior, ou gastando muito com um importado".

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