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22/10/2008 - 09h00

O que as redes sociais podem fazer pela sua saúde

BARBARA AXT | Para o UOL Tecnologia
Redes sociais são uma ferramenta valiosíssima para trocar informações e até mesmo apoio sobre questões de saúde. A arquiteta de informação Laura Lessa, mesmo morando em Londres, continua usando as comunidades brasileiras para se informar sobre o lúpus, uma doença auto-imune. "Eu uso bastante umas comunidades do Orkut, que são mais úteis do que as do Facebook", explica, se referindo à rede americana que é mais famosa no exterior.

Ela usa a busca dos fóruns para se informar sobre pessoas com problemas semelhantes aos seus e também responde às dúvidas dos outros. "Já consegui várias informações sobre uma cirurgia de quadril que vou fazer em breve, como nomes de médicos, hospitais, a experiência das pessoas mesmo. Coisas que você não consegue perguntando pros médicos, só para os pacientes."

O advogado Rodrigo Santana de Oliveira, de São Paulo, fala sobre a comunidade que criou, a Linfoma - Brasil. "O Orkut, tem muita porcaria, mas sabendo utilizar a função social dele- de relacionamento -dá pra ajudar bastante. Vejo que nada melhor do que se solidarizar com pessoas que passam pelo mesmo problema, para melhorar um pouco a angústia que passamos em momentos difíceis. Sem dúvida é um meio eficiente de debate a respeito de inúmeros assuntos relacionados à doença, como a relação com familiares, alimentação, sintomas, tratamentos", explica.

Se você fala inglês e quer buscar mais informações sobre doenças, pode participar da rede social americana chamada Patientslikeme.

Segundo os organizadores do site, a comunidade inclui mais de 500 pacientes de esclerose múltipla, 700 pessoas com HIV, 1600 com mal de Parkinson, entre outros.

A rede permite além de trocar informações, analisar pesquisas e os resultados de diversos remédios, e se informar sobre tratamentos que ainda estão em fase de testes.
PATIENTS LIKE ME
Ele lembra que a doença, que teve em 2003 e 2004, fez com que ele reavaliasse a vida e usasse a Internet para transmitir sua experiência. "Era uma alegria imensa "filosofar" com outras pessoas doentes, ou ex-doentes, que correm riscos de o câncer voltar (como eu, que até hoje faço um controle anual). Talvez eu tenha conseguido ajudar alguém", torce.

"Uma coisa legal que há também na Internet são os sites das associações criadas para dar todo tipo de assistência aos doentes, como, por exemplo, o site da Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia), que me foi bastante útil".

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