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![]() 21/09/2007 - 07h06 IPTV: como fica a TV Digital? Paulo Rebêlo*
No quesito regulamentação, o imbróglio é grande. As operadoras não podem oferecer os canais abertos (Globo, SBT, Band...) por meio da IPTV por conta da Lei do Cabo, que regulamenta o setor. Nos bastidores, porém, há uma grande expectativa para que a Anatel revise a lei —considerada atrasada por muitos. Para a Associação Brasileira de TVs por Assinatura (ABTA) a revisão da lei para flexibilizar a atuação das operadoras seria um retrocesso e um péssimo negócio para o consumidor. "Hoje temos no Brasil uma situação de monopólio privado na telefonia fixa e as mesmas empresas querem se expandir para um setor que é competitivo", diz o diretor executivo da ABTA, Alexandre Annenberg. Segundo Annenberg, a questão principal é que as operadoras só querem atuar na áreas de grande concentração urbana, onde já existe competição, em vez de procurar áreas onde não há concessão para as TVs por assinatura. Ou seja, em vez de levarem TV para áreas onde a TV por assinatura não chega, as operadoras querem apenas o "filé" do mercado. Annenberg garante que o monopólio não interessa a ninguém, mas a questão passa diretamente pela Anatel. "No Estado de São Paulo só 10% da população tem TV por assinatura, mas a Anatel nunca abriu licitação para que a gente entre em outros municípios. Em casos assim, as operadoras de telefonia poderiam entrar e oferecer televisão por meio da banda larga, sem ferir a lei", esclarece. Se a revisão das leis e regulamentações levar o mesmo tempo que levou a escolha do padrão para TV digital, é bom o consumidor ter paciência e aproveitar a IPTV com apenas os vídeos sob demanda, isto é, filmes, seriados e programação alternativa em qualquer horário.
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