Mark Zuckerberg, diretor-executivo do Facebook, anunciou nesta segunda-feira (9) que a rede adquiriu o Instagram, aplicativo para smartphones que funciona também como uma rede social de imagens. O valor não foi divulgado por Zuckerberg, mas em comunicado oficial a companhia informou que desembolsou US$ 1 bilhão (aproximadamente R$ 1,81 bilhão) na operação (somando dinheiro vivo e ações do Facebook). Recentemente, a Sequoia Capital (fundo de investimento) estimou que o Instagram teria valor de mercado de cerca de US$ 500 milhões.
O Instagram é um aplicativo disponível apenas para dispositivos móveis e que aplica efeitos em imagens clicadas pelas câmeras destes aparelhos. Fundado em outubro de 2010, o serviço inicialmente só funcionava em smartphones iPhone. Recentemente, a companhia lançou uma versão para o sistema operacional Android.
Apesar da aquisição, nem Zuckerberg ou mesmo a equipe do Instagram revelaram se haverá mudanças significativas no serviço. A única certeza é que o Instagram continuará integrado com outras redes sociais.
“Nós achamos que o fato de o Instagram conectar-se com outros serviços é uma parte importante da experiência. Nós planejamos manter estes recursos e a habilidade de postar em outras redes sociais e até mesmo de não compartilhar suas imagens no Facebook, se você quiser”, disse Mark Zuckerberg, em anúncio sobre a aquisição em seu perfil no Facebook (clique aqui para ler o pronunciamento de Zuckerberg, em inglês, sobre a aquisição).
O Facebook, ainda no comunicado oficial, informou que a transação deverá ser concluída no final deste trimestre.
Por parte do Instagram, Kevin Systrom, um dos fundadores do serviço ao lado do brasileiro Mike Krieger, disse em post no blog oficial do Instagram (em inglês) que continuará o desenvolvimento de novas funcionalidades e que o serviço não acabará. “Nós iremos trabalhar com o Facebook para desenvolver o Instagram e criar uma rede. Nós continuaremos adicionando novos recursos ao produto e a achando novas maneiras de criar uma melhor experiência em tirar fotos em dispositivos móveis."
Atualmente, o Instagram conta com mais de 30 milhões de usuário ao redor do mundo e não tem um modelo de negócio definido, ou seja, o aplicativo é disponibilizado gratuitamente e não há, até o momento, formas de monetizar o serviço. Em entrevista ao UOL, o brasileiro Mike Krieger, cofundador do serviço, informou que ainda planejam como fazer do Instagram um negócio lucrativo. “Estamos pensando bastante em como ganhar dinheiro com o Instagram, mas ainda não anunciamos nada”, disse (veja como desenvolvedores faturam com aplicativos gratuitos).