Celulares devem, antes de tudo, realizar ligações telefônicas. Os voltados para o publico feminino não poderiam ser diferente —não adianta ser só bonito por fora e não realizar o básico.
Como é de se esperar em telefones de última geração —como os avaliados pela reportagem —a qualidade de áudio dos equipamentos é semelhante. Tanto para quem ouve do outro lado da linha como quem fala, a qualidade do som é parecida, não havendo mudanças perceptíveis no áudio —a exceção fica por conta do U9.
O telefone da Motorola oferece melhor qualidade no áudio das chamadas. Diferença leve, mas perceptível para quem pode comparar os celulares. Segundo a fabricante, o telefone conta com uma tecnologia chamada CrystalTalk, que garante a nitidez e clareza em áudio durante as chamadas.
No "manuseio" dos aparelhos, a coisa muda de figura. As teclas fundas do U9 são sensíveis até demais e mãos mais pesadas podem, a longo prazo, danificar o aparelho. Nesse quesito, quem toma a dianteira é o C902.
O blocado Sony Ericsson tem teclas excelentes para "digitar", além de, por ser inteiriço, facilitar o manuseio a todo o momento —não é necessário abri-lo ou deslizar alguma de suas partes (como ocorre com o slide).
Em seguida, os dois melhores para "usar" são os Motorola (i876w e i885). Com teclado idêntico, as funções de ambos são intuitivas até mesmo para usuárias que nunca operaram um celular Motorola —o ponto negativo é a grossa antena que ambos ostentam na parte superior do aparelho fechado. Outro pequeno problema é que as tampas de ambos (nos modelos avaliados) emperrava um pouco no momento de abrir.
Com a aposta de que mulheres têm dedos finos e pequenos, os Sony Ericsson (W890 e W580i) tem teclas diminutas. A interface de ambos é bastante intuitiva, o que mostra que a curva de aprendizado para operá-los é pequena. Há dois botões laterais, que auxiliam em tarefas específicas, como acesso à câmera fotográfica.
Os modelos LG e Samsung basicamente empatam no quesito usabilidade. Como as empresas optaram por criar modelos ultrafinos, os botões do teclado ficam em relevo. O recurso, apesar de dar uma boa aparência geral, gera um pouco de dificuldade ao manipular os números e letras. O LG KF300d ainda ostenta um mínimo de volume nas teclas, ao contrário do LG KF510d e dos Samsung SGH-U600 e SGH-J700L.
Vale lembrar que teclados planos são mais suscetíveis a falhas e a problemas de contato do que os que têm botões mais salientes.
Para abrir o celularAinda no quesito "manuseio", uma prova de fogo é testar a facilidade em acessar o compartimento interno dos telefones —aquele em que repousa, normalmente, bateria, cartão de memória e chip SIM. Em celulares unissex, normalmente é tarefa hercúlea abrir esse compartimento.
Por vezes, chaves, faquinhas, unhas, dentes (além de força, jeito e paciência) são empregados para abrir os aparelhos. Os fabricantes poderiam investir em uma forma simples e fácil de abrir os compartimentos, especialmente em modelos voltados para mulheres.
Mas a tese não alcança a prática. Exceção feita aos dois modelos Samsung e ao U9. A facilidade em abrir SGH-U600 e SGH-J700L pode, a longo prazo, revelar certa fragilidade —mas nenhum problema foi identificado durante o mês de testes.
LG e Motorola empatam no quesito "abrir o compartimento" de bateria. Os LG oferecem um botão traseiro que deve ser pressionado, para facilitar o acesso. Entretanto, nos quatro modelos avaliados, é necessário que o usuário tenha uma pequena chave pontiaguda ou unhas protuberantes para abrir.
O três Sony Ericsson avaliados têm em comum facilidades para o acesso —o W890, por exemplo, oferece um pino que destrava a tampa traseira. Mas é necessário um trabalho milimétrico de separação do módulo do telefone para a tampa. As próprias baterias ainda demandam um esforço extra para serem sacadas.
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1. VISÃO GERAL DOS APARELHOS
