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24/11/2010 - 07h00

Pesado, iPad se dá melhor como eletrônico multimídia do que como e-reader

GUILHERME TAGIAROLI || Do UOL Tecnologia

Flavio Florido/UOL

O iPad, da Apple, mudou o mercado de dispositivos móveis. Após o início de sua comercialização, concorrentes como a Samsung resolveram fazer um tablet para concorrer com o gadget que, segundo pesquisas, já afeta consideravelmente o mercado de netbooks no mundo. No entanto, como leitor eletrônico, o festejado portátil da Apple – que deve ser lançado na próxima semana no Brasil  – acaba perdendo para os concorrentes. Isso, basicamente, por três fatores: peso, tamanho e tela.

O tablet, que tem tela de 9,7 polegadas e é revestido de aço inoxidável, pesa 730 gramas na versão 3G. Após segurá-lo por mais de 15 minutos, o braço começa a apresentar sinais de cansaço. A posição mais confortável para leitura é apoiada no colo ou envolvendo-o com o braço (como se o usuário segurasse um caderno).

Apesar de ser portátil, o iPad não é tão “portátil” quanto,  por exemplo, o GalaxyTAB e o Positivo Alfa, que cabem no bolso traseiro de uma calça jeans. No que diz respeito à tela, o gadget da Apple tem a melhor resolução entre todos os concorrentes. Porém, para leitura de textos longos pode incomodar, pois o princípio da tela é parecido com o de um monitor convencional. Sem contar que ela reflete a luz ambiente.

Em contrapartida, o tablet conta com milhares de aplicativos da iTunes Store que oferecem conteúdo informativo (livros, jornais, revistas). Outro ponto interessante: usuários que já tenham comprado livros para o Kindle podem baixar o aplicativo da Amazon e visualizar em cores as mesmas páginas apresentadas em preto e branco no leitor concorrente – caso de fotos exibidas em livros, por exemplo.

O aplicativo nativo do iPad para a leitura de e-books é o iBooks. Com um design bonito (organiza os livros baixados em uma estante) e com interface intuitiva, o programa tem ajustes de tamanho e tipo de fonte, cor de fundo do livro (branco ou sépia) e grau de luminosidade da tela – este recurso é muito útil para ler publicações maiores. Além disso, é possível escrever notas ou marcar palavras de um texto.

Para adicionar livros, há basicamente duas opções: via sincronização do tablet com o iTunes (nada de só copiar ou colar) ou baixando os livros via internet da loja da Apple (iTunes Store) e Amazon (baixando o aplicativo Kindle para iPad), por exemplo.  Livrarias brasileiras como a Saraiva e a Cultura também têm aplicativos que permitem o download de livros no ultraportátil da Apple.

O iPad pode não ser o melhor leitor de livros eletrônicos. Porém, em outras funções ele manda muito bem: toca música, roda vídeos, navega na web (sem vídeos em flash, é verdade), dá acesso a redes sociais e tem vários jogos disponíveis na iTunes Store. Se você gosta tanto de ler quanto de todas essas outras atividades, talvez esse seja o seu leitor eletrônico. 

iPad
Preço: US$ 629 (versão com Wi-Fi/3G e 16 GB); ainda não disponível oficialmente no Brasil.
Site oficial: iPad.
Pontos positivos: muitas opções de aplicativos interativos; bom gadget para conteúdos multimídia.
Pontos negativos: é pesado para leitura e tela emite luz, o que pode dificultar a leitura de textos muito longos (mesmo princípio do monitor do computador).

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