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24/11/2010 - 06h59

Ultraportáteis, leitores digitais levam acervo de biblioteca para o seu bolso; veja testes

GUILHERME TAGIAROLI || Do UOL Tecnologia
  • Flavio Florido/UOL

Carregar dez livros na mochila ou apenas um eletrônico fino, que pesa menos de um quilo? É justamente esse tipo de pergunta que as fabricantes de e-readers (leitores eletrônicos) estão propondo às pessoas que pensam em substituir as publicações convencionais por um simples aparelho capaz de armazenar 2 GB ou até 1,5 mil livros. Para saber se essa troca das folhas de papel pelas virtuais vale realmente à pena – e quais os melhores modelos para essa substituição --, o UOL Tecnologia testou portáteis que funcionam como leitores digitais.

Em linhas gerais, esse tipo de equipamento tem como principais características a economia de espaço, a facilidade da compra de conteúdo e a portabilidade – além de leve, os leitores cabem facilmente em uma bolsa feminina e, em alguns casos, até no bolso de uma calça jeans. Além disso, o preço de um livro no formato eletrônico, segundo as livrarias, custa de 20% a 30% menos que o produto convencional.

Apesar das vantagens, os e-readers ainda são pouco populares no país. A comercialização de aparelhos da categoria começou em outubro de 2009 com o início da venda do Kindle via importação. Em média, com o valor do câmbio da época mais taxas, o aparelho saía por volta de R$ 1.000.

Esse cenário deve mudar com o aumento da oferta de livros no formato digital. Grandes redes de livrarias, como Saraiva e Cultura, já estão começando a fazer esforços para adaptar títulos e desenvolvendo aplicativos que facilitem a compra dos livros disponibilizados para leitores eletrônicos. Atualmente, na Cultura e na Saraiva há cerca de 1.500 e-books nacionais à venda, contra 130 mil importados.

Para conferir quais as chances de sucesso desses equipamentos que prometem abocanhar o mercado dos livros convencionais, o UOL Tecnologia testou quatro equipamentos: dois tablets (iPad, da Apple, e GalaxyTAB, da Samsung) – que já vêm com aplicativos nativos para a leitura de e-books – e dois aparelhos que têm exclusivamente a função de e-readers (o Kindle 2, da Amazon, e o Alfa Wi-Fi, da Positivo).

Apesar da grande diferença de recursos entre tablets e leitores digitais, o teste só considerou as funções de leitura nos tablets – seria injusto comparar os recursos de um equipamento que só exibe livros com outro que tira foto, oferece jogos e permite assistir a vídeos, por exemplo.

Na tarefa de apenas ler livros, os e-readers Alfa e Kindle apresentaram visualização dos textos mais confortável graças à tecnologia e-ink (tinta eletrônica). Por outro lado, o fato de não serem equipamentos multimídia tira desses eletrônicos características de hardware de alto desempenho -- logo, quem comprá-los deverá acostumar-se com a “demora” entre o apertar de um botão e a realização de alguma ação, por exemplo.

Em contrapartida, o GalaxyTAB e o iPad são equipados com processadores de velocidade na casa dos 1 GHz e têm várias opções multimídia como assistir a vídeos, acessar a internet como se estivesse em um PC e jogar. Porém, na leitura de livros longos, o usuário pode se cansar com a tela. Sem contar que, em ambientes muito iluminados, as telas dos portáteis podem refletir as luzes do local de leitura.

Resumindo, na hora de escolher que tipo de equipamento adquirir, o usuário deve levar em consideração o que, de fato, ele quer fazer e quais são suas prioridades. No caso de gente que lê muito (sobretudo em língua estrangeira), os leitores eletrônicos são uma ótima opção, seja pela quantidade de títulos ou pelo conforto da tela. Agora,se você é um usuário que gosta de ler, mas também faz questão de outras formas de entretenimento em seu equipamento portátil, um tablet é  a alternativa mais apropriada.

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