Gráfico mostra intensidade de tuítes no mundo durante a passagem de 2010 para 2011
O que determina o posicionamento de uma mensagem nos tópicos mais comentados do Twitter não é a influência de seu autor, nem a quantidade de vezes que o assunto é tuitado, mas a quantidade de retuítes alcançada. Além disso, grande parte desses retuítes é originalmente publicado por mídias tradicionais. Os dados são de uma pesquisa do Grupo de Computação Social da HP, que analisou cerca de 16 milhões de tuítes e 3 mil trending topics entre setembro e outubro de 2010. As informações são do “Mashable”.
Com uso de um aplicativo que recolhia dados a cada 20 minutos, os pesquisadores conseguiram analisar o algoritmo responsável pela definição dos tópicos mais comentados.
Cerca de 31% dos total dos trending topics analisados eram retuítes. Dos 22 usuários identificados como fonte dos tópicos mais famosos, 72% tinham origem em veículos jornalísticos, como a CNN, El País, New York Times, Telegraph, ESPN e Huffington Post. Eles compunham a lista dos maiores usuários retuitados em pelo menos 50 diferentes trending topics.
Mensagens publicadas por usuários “influentes” devido ao alto número de seguidores -- como Ashton Kutcher, Barack Obama e Lady Gaga -- tiveram pouco efeito nos trending topics. O estudo concluiu que a mídia tradicional ainda inicia a conversação sobre os assuntos mais comentados na rede social, e não o contrário.
“Descobrimos que a grande mídia desempenha um papel decisivo na maioria dos trending topics, agindo como alimentadores dessas tendências. Os usuários do Twitter, por sua vez, parecem atuar mais como amplificadores e filtros dessas mídias tradicionais”, diz o relatório.
Além de estudar como os tópicos vão parar na lista do Twitter, os pesquisadores analisaram o tempo que ele permanece lá. Poucos tópicos permanecem por mais de 40 minutos no ranking do Twitter.
"Mostramos que é possível prever a distribuição das tendências que duram mais, bem como o número total de tuítes e seu crescimento ao longo do tempo", explicou Bernardo Huberman, diretor do Grupo de Computação Social da HP.
